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Forças líbias matam 20 membros de dois grupos do Sudão

Segundo a fonte, os soldados atacaram ontem à noite de surpresa um posto de vigilância controlado pelos milicianos


	Exército da Líbia: o grupo do Sudão tinha entrado na região há 4 meses e tinha assumido controle de um posto de vigilância na principal estrada
 (Abdullah Doma/AFP)

Exército da Líbia: o grupo do Sudão tinha entrado na região há 4 meses e tinha assumido controle de um posto de vigilância na principal estrada (Abdullah Doma/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2016 às 12h25.

Trípoli - Forças leais ao governo líbio em Tobruk mataram 20 supostos membros de dois movimentos armados opositores sudaneses que tinham entrado no oásis de Kufra desde a província vizinha de Darfur, no Sudão, informou um responsável de Segurança da cidade líbia à Agência Efe.

Segundo a fonte, os soldados atacaram ontem à noite de surpresa um posto de vigilância controlado pelos milicianos na pequena cidade de Buzareg, a cerca de 200 quilômetros ao norte do oásis.

Na operação, que deixou quatro soldados feridos, morreram 20 dos milicianos, outros cinco foram detidos e cinco de seus veículos foram destruídos, acrescentou a fonte, que preferiu não se identificar.

Os homens abatidos pertenciam aos grupos armados Movimento de Justiça e Igualdade (JEM) e Movimento de Libertação do Sudão (SLM), dois dos mais importantes da região rebelde de Darfur, armados há mais de três décadas.

A imprensa líbia confirmaram que a operação tinha sido realizada pela unidade especial "Subul Assalam" e que recebeu apoio aéreo.

O JEM recebeu durante anos o apoio financeiro e militar de Muammar Kadafi, o ditador líbio derrubado em novembro de 2011.

De acordo com responsáveis do Conselho de Idosos de Kufra, o grupo tinha entrado na região há quatro meses e tinha assumido o controle de um posto de vigilância na principal estrada, que utilizava para roubar e extorquir, além de traficar armas e outras mercadorias.

Desde as últimas eleições na Líbia, o poder está dividido entre Tobruk e Trípoli, governos apoiados por diferentes grupos islamitas, senhores da guerra, líderes tribais e contrabandistas de armas, petróleo, pessoas e drogas.

Do enfrentamento se aproveitaram grupos jihadistas vinculados ao EI e à organização da Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), que ganharam terreno e estenderam sua influência ao resto do norte da África.

Há três semanas os grupos jihadistas lançaram uma ofensiva para tentar tomar o controle dos portos petroleiros de Sidra e Ras Lanuf, os mais importantes do país. Além disso, abriram novas frentes em Bengazi e na cidade de Sirte, cenário há dias de bombardeios e combates.

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