Forças iraquianas apertam o cerco contra EI em Ramadi
Os combates provocavam estragos nos arredores da antiga sede do governo provincial no centro de Ramadi, capital da província de Al-Anbar
Da Redação
Publicado em 24 de dezembro de 2015 às 13h24.
As forças iraquianas avançavam nesta quinta-feira em Ramadi para expulsar os últimos jihadistas do Estado Islâmico desta cidade a 100 km de Bagdá, mas são prudentes, já que ela está minada de artefatos e devido à possível presença de civis.
Os combates provocavam estragos nos arredores da antiga sede do governo provincial no centro de Ramadi, capital da província de Al-Anbar (oeste), povoada majoritariamente por sunitas.
A tomada pelas forças federais deste edifício seria uma etapa importante da reconquista progressiva de Ramadi, da qual os jihadistas se apoderaram em maio. Representaria uma vitória para o exército iraquiano, muito criticado por sua humilhante derrota para o Estado Islâmico (EI) em 2014.
"As forças iraquianas se encontram no bairro de Hoz (...) a 500 metros do complexo governamental", declarou à AFP um coronel na província de Al-Anbar.
"Avançam com muita prudência" neste bairro, acrescentou Sabah Karhut, que dirige o conselho provincial. Segundo ele, os jihadistas colocaram bombas na cidade e é possível que civis estejam sendo usados como escudos humanos.
"Há uma forte resistência, os combates foram violentos nas últimas 24 horas na parte sul de Ramadi", declarou o coronel Steve Warren, porta-voz da coalizão internacional liderada por Washington, que cobre pelo ar as forças iraquianas.
"Estabeleceram uma defesa forte com artefatos improvisados e colocando bombas nas casas para que explodam", disse, informando que o EI havia enviado centenas de combatentes à estrada principal que leva ao complexo governamental.
Devido às características do terreno "é fácil que poucas pessoas contenham um maior número", explicou.
Não resta comida
Nas últimas horas, ao menos um membro das forças governamentais morreu e outros sete ficaram feridos nos combates em Hoz, segundo o coronel do exército iraquiano.
Uma fonte médica do hospital de Abu Ghraib, a oeste de Bagdá, afirmou que na manhã desta quinta-feira atenderam 22 soldados feridos.
Em um comunicado, o EI afirmou que cinco suicidas cometeram nesta quinta-feira um ataque suicida a oeste de Ramadi, provocando diversas vítimas nas fileiras das forças iraquianas. O exército afirma, por sua vez, que o ataque fracassou e que apenas três policiais ficaram feridos.
Acredita-se que há "menos de um batalhão" jihadista em Ramadi, ou seja, no máximo 400 combatentes, afirmou uma autoridade local, Ibrahim al-Osej.
Várias dezenas de famílias conseguiram escapar na quarta-feira da cidade e o exército as transportou a Habaniya, a leste de Ramadi.
Entre elas figura Saad al-Dulaimi, de 47 anos. Os jihadistas os usaram como escudos humanos para escapar dos combates e depois os abandonaram, disse. Acrescentou que foram evacuados pelas forças de segurança iraquianas.
"A situação na cidade era muito difícil porque não há comida nas lojas", contou à AFP de Habaniya.
"Sobrevivemos com tâmaras e um pouco de comida que restava nas casas", explicou este homem, que estima em dezenas as famílias que restam na cidade, prisioneiras dos ataques aéreos e dos combates.
As forças iraquianas avançavam nesta quinta-feira em Ramadi para expulsar os últimos jihadistas do Estado Islâmico desta cidade a 100 km de Bagdá, mas são prudentes, já que ela está minada de artefatos e devido à possível presença de civis.
Os combates provocavam estragos nos arredores da antiga sede do governo provincial no centro de Ramadi, capital da província de Al-Anbar (oeste), povoada majoritariamente por sunitas.
A tomada pelas forças federais deste edifício seria uma etapa importante da reconquista progressiva de Ramadi, da qual os jihadistas se apoderaram em maio. Representaria uma vitória para o exército iraquiano, muito criticado por sua humilhante derrota para o Estado Islâmico (EI) em 2014.
"As forças iraquianas se encontram no bairro de Hoz (...) a 500 metros do complexo governamental", declarou à AFP um coronel na província de Al-Anbar.
"Avançam com muita prudência" neste bairro, acrescentou Sabah Karhut, que dirige o conselho provincial. Segundo ele, os jihadistas colocaram bombas na cidade e é possível que civis estejam sendo usados como escudos humanos.
"Há uma forte resistência, os combates foram violentos nas últimas 24 horas na parte sul de Ramadi", declarou o coronel Steve Warren, porta-voz da coalizão internacional liderada por Washington, que cobre pelo ar as forças iraquianas.
"Estabeleceram uma defesa forte com artefatos improvisados e colocando bombas nas casas para que explodam", disse, informando que o EI havia enviado centenas de combatentes à estrada principal que leva ao complexo governamental.
Devido às características do terreno "é fácil que poucas pessoas contenham um maior número", explicou.
Não resta comida
Nas últimas horas, ao menos um membro das forças governamentais morreu e outros sete ficaram feridos nos combates em Hoz, segundo o coronel do exército iraquiano.
Uma fonte médica do hospital de Abu Ghraib, a oeste de Bagdá, afirmou que na manhã desta quinta-feira atenderam 22 soldados feridos.
Em um comunicado, o EI afirmou que cinco suicidas cometeram nesta quinta-feira um ataque suicida a oeste de Ramadi, provocando diversas vítimas nas fileiras das forças iraquianas. O exército afirma, por sua vez, que o ataque fracassou e que apenas três policiais ficaram feridos.
Acredita-se que há "menos de um batalhão" jihadista em Ramadi, ou seja, no máximo 400 combatentes, afirmou uma autoridade local, Ibrahim al-Osej.
Várias dezenas de famílias conseguiram escapar na quarta-feira da cidade e o exército as transportou a Habaniya, a leste de Ramadi.
Entre elas figura Saad al-Dulaimi, de 47 anos. Os jihadistas os usaram como escudos humanos para escapar dos combates e depois os abandonaram, disse. Acrescentou que foram evacuados pelas forças de segurança iraquianas.
"A situação na cidade era muito difícil porque não há comida nas lojas", contou à AFP de Habaniya.
"Sobrevivemos com tâmaras e um pouco de comida que restava nas casas", explicou este homem, que estima em dezenas as famílias que restam na cidade, prisioneiras dos ataques aéreos e dos combates.