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Força da economia foi determinante para resultado na Argentina, afirma Nunes, da Quaest

O professor da UFMG e diretor da Quaest Pesquisa, Felipe Nunes, avalia que crise econômica foi decisiva para a vitória do discurso antissistema de Milei

Argentina: crise econômica foi determinante para o resultado (Luciano Pádua/Exame)
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 19 de novembro de 2023 às 22h38.

Última atualização em 19 de novembro de 2023 às 22h52.

A crise econômica da Argentina foi determinante para a vitória do ultraliberal Javier Milei na eleição presidencial deste domingo, 19, avaliao professor da UFMG e diretor da Quaest Pesquisa, Felipe Nunes.

"Impossível analisar o resultado sem levar em conta a força da economia como determinante. Nem mesmo o peronismo foi capaz de deter o argumento antissistema de Milei", afirma em entrevista à EXAME. A Argentina vive uma severa crise econômica, com inflação de três dígitos e 40% da população na pobreza.

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A vitória de Milei foi anunciada pelo seu adversário, o peronista e atual ministro, Sergio Massa. Em pronunciamentopor volta das 20h10, Massareconheceu a derrota. Com 99,03% das urnas apuradas, Milei tem 55,71% dos votos contra 44,28%, de Massa.

Na sua avaliação do resultado, Nunes destaca que depois dos "fracassos" dos governos do ex-presidente Mauricio Macri e do atual Alberto Fernandez, sobrou o sentimento antissistema como opção popular. O diretor da Quaest diz ainda que o apoio de Macri será importante para a governabilidade de Milei, uma vez que ele não tem apoio no Congresso. "O peronismo vai continuar sendo uma força importante na política Argentina, e vai mostrar sua força de veto no Congresso", explica.

A Juntos pela Mudança, de Macri, terá 93 deputados e 24 senadores. A aliança de Sergio Massa controlará 109 cadeiras na Câmara e 34 no Senado. O partido do presidente eleito tem 35 deputados e seus primeiros oito senadores. Partidos regionais não alinhados terão um total de 12 deputados e seis senadores.

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