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Fora da Casa Branca, Trump enfrentará futuro incerto e ameaças legais

Depois do fracasso de seus esforços jurídicos para reverter a derrota que sofreu para Biden, Trump voltará à vida privada no dia 20 de janeiro

Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca 13/12/2020 REUTERS/Cheriss May (Cheriss May/Reuters)
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Reuters

Publicado em 15 de dezembro de 2020 às 16h43.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , está deixando a Casa Branca, mas não sairá de cena em silêncio.

Depois do fracasso de seus esforços jurídicos para reverter a derrota que sofreu em 3 de novembro para o democrata Joe Biden – que na segunda-feira venceu a votação Estado a Estado do Colégio Eleitoral, que determina formalmente o presidente do país –, Trump voltará à vida privada no dia 20 de janeiro com uma variedade de opções.

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Entre elas está outra candidatura à Casa Branca em 2024 ou novas empreitadas na mídia – mas elas estão ofuscadas por ameaças legais e desafios empresariais em potencial.

Só uma coisa é certa: a sede de Trump pelos holofotes fará com que ele se desvie do caminho de presidentes anteriores, como George W. Bush, que passou a pintar em recolhimento, ou Jimmy Carter, com seu ativismo global.

O futuro de Trump, como sua Presidência, provavelmente será ruidoso, audacioso e insolente.

Nem tudo estará sob seu controle. Ele enfrenta uma série de ações legais civis e criminais relacionadas aos negócios de sua família e às suas atividades antes de tomar posse, que podem se acelerar assim que ele perder as proteções legais garantidas ao ocupante do Salão Oval.

O empreendedor imobiliário transformado em estrela da televisão está cogitando diversas manobras para continuar chamando a atenção.

Trump, que se recusou a reconhecer a derrota nas urnas e continua fazendo alegações infundadas de fraude eleitoral generalizada, disse a aliados que está estudando outra candidatura presidencial.

Ele até aventou a hipótese de não comparecer à posse de Biden e anunciar sua candidatura para 2024 no mesmo dia, uma medida que lhe permitiria manter os comícios de campanha estridentes de 2016 e 2020.

Isso complicaria a vida de uma lista longa de outros republicanos que cogitam se candidatar para 2024 – entre eles o atual vice-presidente, Mike Pence, a ex-embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Nikki Haley, e os senadores Marco Rubio e Tom Cotton – que teriam que levar em conta a possiblidade de concorrer com Trump.

Mas seria o tipo de rompimento das normas que Trump adora. A Constituição dos EUA permite que os presidentes se reelejam, e os mandatos não precisam ser consecutivos.

Trump já montou um comitê de ação política que lhe permitirá arrecadar fundos e exercer influência no partido depois que entregar o cargo, quer seja candidato ou não.

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