FMI: recuperação econômica global enfrenta incertezas
Entidade alertou para o baixo crescimento e alto desemprego nos países desenvolvidos e para o risco da inflação nas nações emergentes
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2011 às 15h32.
Washington - O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, disse nesta segunda-feira que a economia global segue se recuperando, mas alertou que o clima de incerteza persiste, assim como os desequilíbrios entre e dentro dos países.
"Em seu conjunto, a situação econômica ainda é frágil e desigual e enfrenta uma grande instabilidade", afirmou o dirigente do FMI na Universidade George Washington da capital americana, segundo o texto de seu discurso antecipado pelo FMI.
Strauss-Kahn ressaltou que "o crescimento nas economias avançadas, epicentro da crise financeira, é ainda baixo demais, e o desemprego, muito alto", e lembrou que as economias emergentes, sobretudo as de Ásia e América Latina, avançam em bom ritmo, mas têm que lidar com pressões inflacionárias.
O dirigente do FMI também explicou que os países de menor PIB foram incrivelmente "resistentes", mas se viram castigados agora pelos elevados preços dos alimentos e dos combustíveis.
Ainda segundo Strauss-Kahn, alguns países europeus estão em uma "encruzilhada" e tomaram medidas difíceis, mas necessitam "fazer mais".
"A Europa precisa de uma solução integral baseada na solidariedade pan-europeia para fazer frente aos problemas persistentes no setor financeiro e com a dívida soberana", afirmou.
O diretor-gerente destacou que o progresso contra a crise foi "parcial" e "pouco sistemático" até o momento, o que para ele representa um "risco-chave" para os países mais afetados pela crise, assim como para a recuperação da Europa como um todo.
Strauss-Kahn referiu-se também à "grande tragédia" experimentada pelo Japão após o terremoto e posterior tsunami do dia 11 de março.
"Estamos todos impressionados com a resistência do povo japonês", disse.
Também no texto, ele fez alusão à "transformação histórica" pela qual passa o Oriente Médio.
"Os cidadãos buscam uma maior liberdade e uma distribuição mais justa das oportunidades e dos recursos econômicos", afirmou.
Strauss-Kahn assegurou que uma mudança dessa magnitude requereria tempo e esforço, e destacou que o desafio imediato será o de "preservar a coesão social sem minar a estabilidade macroeconômica".
Ele mencionou que os subsídios públicos aos alimentos e os combustíveis e a queda dos investimentos estrangeiros diretos e no turismo podem frustrar os esforços em busca de um modelo de crescimento "mais influente" e a criação de empregos necessários para absorver uma crescente força de trabalho.
Washington - O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, disse nesta segunda-feira que a economia global segue se recuperando, mas alertou que o clima de incerteza persiste, assim como os desequilíbrios entre e dentro dos países.
"Em seu conjunto, a situação econômica ainda é frágil e desigual e enfrenta uma grande instabilidade", afirmou o dirigente do FMI na Universidade George Washington da capital americana, segundo o texto de seu discurso antecipado pelo FMI.
Strauss-Kahn ressaltou que "o crescimento nas economias avançadas, epicentro da crise financeira, é ainda baixo demais, e o desemprego, muito alto", e lembrou que as economias emergentes, sobretudo as de Ásia e América Latina, avançam em bom ritmo, mas têm que lidar com pressões inflacionárias.
O dirigente do FMI também explicou que os países de menor PIB foram incrivelmente "resistentes", mas se viram castigados agora pelos elevados preços dos alimentos e dos combustíveis.
Ainda segundo Strauss-Kahn, alguns países europeus estão em uma "encruzilhada" e tomaram medidas difíceis, mas necessitam "fazer mais".
"A Europa precisa de uma solução integral baseada na solidariedade pan-europeia para fazer frente aos problemas persistentes no setor financeiro e com a dívida soberana", afirmou.
O diretor-gerente destacou que o progresso contra a crise foi "parcial" e "pouco sistemático" até o momento, o que para ele representa um "risco-chave" para os países mais afetados pela crise, assim como para a recuperação da Europa como um todo.
Strauss-Kahn referiu-se também à "grande tragédia" experimentada pelo Japão após o terremoto e posterior tsunami do dia 11 de março.
"Estamos todos impressionados com a resistência do povo japonês", disse.
Também no texto, ele fez alusão à "transformação histórica" pela qual passa o Oriente Médio.
"Os cidadãos buscam uma maior liberdade e uma distribuição mais justa das oportunidades e dos recursos econômicos", afirmou.
Strauss-Kahn assegurou que uma mudança dessa magnitude requereria tempo e esforço, e destacou que o desafio imediato será o de "preservar a coesão social sem minar a estabilidade macroeconômica".
Ele mencionou que os subsídios públicos aos alimentos e os combustíveis e a queda dos investimentos estrangeiros diretos e no turismo podem frustrar os esforços em busca de um modelo de crescimento "mais influente" e a criação de empregos necessários para absorver uma crescente força de trabalho.