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Fillon supera Juppé em debate da primária conservadora da França

Conjuntura política mostra que vitorioso da primária conservadora de domingo terá uma boa chance de ser eleito presidente em maio

François Fillon, conservador social de 62 anos que advoga políticas de livre mercado, surpreendeu ao emergir em primeiro lugar na primeira rodada das primárias (Sergei Supinsky/AFP)
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Reuters

Publicado em 25 de novembro de 2016 às 09h55.

Paris - Um François Fillon afirmativo disse aos eleitores franceses que seu rival da primária partidária, Alain Juppé, "não quer realmente mudar as coisas" durante um debate dos conservadores na quinta-feira, em que uma pesquisa mostrou Fillon como vencedor dias antes de uma votação que irá decidir qual dos dois irá concorrer à eleição presidencial de 2017.

O vitorioso da primária conservadora de domingo terá uma boa chance de ser eleito presidente em maio, levando em conta as divisões na esquerda e as pesquisas de opinião segundo as quais a maioria dos eleitores não quer ver a extrema-direita no poder.

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"Alain Juppé não quer realmente mudar as coisas. Ele vai ficar dentro do sistema, só quer melhorá-lo", disse Fillon no debate televisionado. "Meu projeto é mais radical".

Fillon, conservador social de 62 anos que advoga políticas de livre mercado, surpreendeu ao emergir em primeiro lugar na primeira rodada da primária de sete concorrentes de domingo passado com uma vantagem robusta frente a Juppé, de 71 anos, que as sondagens mostravam como favorito durante meses. Ambos são ex-primeiros-ministros.

Em uma pesquisa online da empresa Elabe com 908 pessoas que assistiram ao confronto de quinta-feira, 71 por cento dos eleitores conservadores e de centro-direita consideraram Fillon mais convincente do que Juppé.

Fillon também se destacou entre os telespectadores independentemente de sua inclinação política, mas por uma margem menor: 57 por cento contra 41 por cento para Juppé.

Ambos propõem uma estratégia econômica centrada na produção, com cortes nos gastos públicos e um aumento na idade de aposentadoria, mas discordam em outros temas de peso, tanto na seara econômica quanto na social.

Fillon propõe mais cortes de empregos no setor público, o que Juppé considera impraticável, e uma semana de trabalho mais longa.

"Reformas não deveriam ser uma punição, mas trazer esperança", disse Juppé, que tem o apoio dos dois principais partidos centristas da França e é relativamente popular entre o eleitorado esquerdista depois de fazer uma campanha com uma plataforma inclusiva e de "identidade alegre". Durante o debate, Juppé insistiu em seu apego à diversidade do país.

"O modelo social francês existe, quero consolidá-lo", afirmou Juppé em referência à rede de bem-estar social da nação. "Não deveríamos acabar com ele".

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