Exame Logo

Fifa vai dar um ultimato e Del Nero pode ser substituído

Del Nero não tem ido às reuniões desde maio, quando José Maria Marin foi preso em Zurique

Marco Polo Dal Nero, presidente da CBF: Del Nero não tem ido às reuniões desde maio, quando José Maria Marin foi preso em Zurique (Ricardo Stuckert/ CBF)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2015 às 10h11.

Zurique - Ausente da Fifa desde maio, o presidente da CBF , Marco Polo Del Nero, vai receber um ultimato: ou volta a participar das atividades da entidade ou terá de ser substituído.

Membros do alto escalão da Fifa revelaram à reportagem que "aturaram" duas ausências do brasileiro nas reuniões do Comitê Executivo. Mas não aceitarão uma terceira falta.

Por enquanto, Del Nero continua a receber um salário anual de R$ 1,2 milhão por fazer parte do diretório do futebol mundial.

Nesta semana, o brasileiro uma vez mais não apareceu para os encontros da entidade. Ele preside o Comitê de Futebol Olímpico e ainda é vice-presidente do comitê que trata da organização da Copa do Mundo de 2018, que será na Rússia.

Del Nero não tem ido às reuniões desde maio, quando José Maria Marin foi preso em Zurique. Mas, como não deixou a organização, seu salário anual continua a ser pago, em 300 mil francos suíços. Fontes oficiais na entidade confirmaram que enquanto a Conmebol não indicar se Del Nero será substituído, ele tem "o direito" a todos os benefícios de um membro do Comitê Executivo.

Pelas regras, é a Conmebol que tem três representações na Fifa e é a única que poderia pedir para ele sair. Mas, oficialmente, o presidente da Conmebol, Juan Angel Napout, evita falar em substituir Del Nero. "Não existem planos para isso".

O paraguaio não escondia o constrangimento diante da situação. "Não posso falar sobre esse assunto", lamentou. Questionado sobre o que teria conversado com o brasileiro antes de deixar a América do Sul, Napout sorriu. "Isso é um tema que não falo". Ele esteve com Del Nero na sede da CBF, no Rio, na última segunda-feira.

PRAZO - Na Fifa, dirigentes que se ocupam de assuntos de ética da entidade indicaram que a última chance acabou de expirar. Se Del Nero não aparecer na reunião da entidade em dezembro, por enquanto marcada para o Japão, ele estaria fora. Existiriam duas formas para retirar o brasileiro da entidade. A primeira delas seria a abertura de um processo no Comitê de Ética. Uma outra, preferida pela Conmebol, seria uma negociação para escolher um substituto.

Entre os demais membros do Comitê Executivo, a ausência de Del Nero gera um misto de ironias e críticas. Para Michel D’Hooghe, membro do Comitê Executivo da Fifa há 27 anos, a ausência é "inacreditável". Ele admite que são "atitudes como essa" que colaboram para a imagem "ruim" da Fifa. Na condição de anonimato, uma dirigente foi clara ao comentar a situação do brasileiro. "Isso é insustentável".

Nem a Fifa ousa falar da ausência de Del Nero. "Isso é algo para a CBF responder", afirmou a assessoria de imprensa da entidade. Na entidade brasileira, a assessoria de imprensa indicou que não comentaria a presença ou não do dirigente. Questionada sobre o salário, a CBF também não respondeu.

Veja também

Zurique - Ausente da Fifa desde maio, o presidente da CBF , Marco Polo Del Nero, vai receber um ultimato: ou volta a participar das atividades da entidade ou terá de ser substituído.

Membros do alto escalão da Fifa revelaram à reportagem que "aturaram" duas ausências do brasileiro nas reuniões do Comitê Executivo. Mas não aceitarão uma terceira falta.

Por enquanto, Del Nero continua a receber um salário anual de R$ 1,2 milhão por fazer parte do diretório do futebol mundial.

Nesta semana, o brasileiro uma vez mais não apareceu para os encontros da entidade. Ele preside o Comitê de Futebol Olímpico e ainda é vice-presidente do comitê que trata da organização da Copa do Mundo de 2018, que será na Rússia.

Del Nero não tem ido às reuniões desde maio, quando José Maria Marin foi preso em Zurique. Mas, como não deixou a organização, seu salário anual continua a ser pago, em 300 mil francos suíços. Fontes oficiais na entidade confirmaram que enquanto a Conmebol não indicar se Del Nero será substituído, ele tem "o direito" a todos os benefícios de um membro do Comitê Executivo.

Pelas regras, é a Conmebol que tem três representações na Fifa e é a única que poderia pedir para ele sair. Mas, oficialmente, o presidente da Conmebol, Juan Angel Napout, evita falar em substituir Del Nero. "Não existem planos para isso".

O paraguaio não escondia o constrangimento diante da situação. "Não posso falar sobre esse assunto", lamentou. Questionado sobre o que teria conversado com o brasileiro antes de deixar a América do Sul, Napout sorriu. "Isso é um tema que não falo". Ele esteve com Del Nero na sede da CBF, no Rio, na última segunda-feira.

PRAZO - Na Fifa, dirigentes que se ocupam de assuntos de ética da entidade indicaram que a última chance acabou de expirar. Se Del Nero não aparecer na reunião da entidade em dezembro, por enquanto marcada para o Japão, ele estaria fora. Existiriam duas formas para retirar o brasileiro da entidade. A primeira delas seria a abertura de um processo no Comitê de Ética. Uma outra, preferida pela Conmebol, seria uma negociação para escolher um substituto.

Entre os demais membros do Comitê Executivo, a ausência de Del Nero gera um misto de ironias e críticas. Para Michel D’Hooghe, membro do Comitê Executivo da Fifa há 27 anos, a ausência é "inacreditável". Ele admite que são "atitudes como essa" que colaboram para a imagem "ruim" da Fifa. Na condição de anonimato, uma dirigente foi clara ao comentar a situação do brasileiro. "Isso é insustentável".

Nem a Fifa ousa falar da ausência de Del Nero. "Isso é algo para a CBF responder", afirmou a assessoria de imprensa da entidade. Na entidade brasileira, a assessoria de imprensa indicou que não comentaria a presença ou não do dirigente. Questionada sobre o salário, a CBF também não respondeu.

Acompanhe tudo sobre:CBFEsportesFifaFutebol

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame