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Fifa fecha acordo com Interpol para combater corrupção

Entidade máxima do futebol vai pagar € 20 milhões para a Interpol combater apostas ilegais e manipulações de resultados

Final da Copa do Mundo: Fifa teme a manipulação de resultados (Alexandre Battibugli/Placar)

Final da Copa do Mundo: Fifa teme a manipulação de resultados (Alexandre Battibugli/Placar)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2011 às 17h17.

Zurique - A Fifa anunciou nesta segunda-feira um acordo milionário com a Interpol para combater a corrupção no futebol. Pela parceria, considerada histórica, a maior entidade do futebol mundial pagará 20 milhões de euros, em dez anos, para a Interpol, que terá como principal missão coibir as apostas ilegais e a manipulação de resultados.

"Na luta contra as apostas ilegais e a manipulação de resultados, as medidas preventivas que podem ser tomadas, assim como a proteção dos jogadores e a integridade do esporte, são de extrema importância. O trabalho em conjunto com as autoridades e com a Interpol é crucial para o nosso sucesso, e é por isso que hoje estamos muito satisfeitos em anunciar esta contribuição, que irá aumentar ainda mais a nossa cooperação", afirmou o presidente da Fifa, Joseph Blatter.

Maior preocupação da Fifa, a manipulação de resultados ficou em evidência nos últimos meses por causa de seguidas denúncias, principalmente na Ásia. Em fevereiro, amistosos envolvendo Letônia, Bolívia, Estônia e Bulgária levantaram a suspeita das autoridades. Em setembro do ano passado, as dúvidas recaíram sobre uma partida entre Bahrein e uma falsa seleção do Togo. A Interpol acredita que apostas ilegais na Ásia movimentam centenas de milhões de dólares todos os anos.

"A Fifa deu um passo significativo no sentido de garantir a integridade do futebol mundial ao decidir financiar um programa de formação para prevenir a corrupção a longo prazo. Graças ao programa, será possível lutar contra as tentativas do crime organizado internacional de corromper o esporte e seus jogadores, autoridades e dirigentes", disse o secretário-geral da Interpol, o general Ronald Noble.

Pelo acordo, a Interpol receberá o maior aporte de verba privada em sua história. Através do programa pioneiro, a Fifa pagará 4 milhões de euros em cada um dos dois primeiros anos da parceria, e mais 1,5 milhão em cada um dos oito anos seguintes.

A Fifa anunciou também a criação de um grupo de trabalho interno para investigar denúncias sobre apostas ilegais. O grupo será composto por integrantes da Divisão de Serviços Jurídicos e do Departamento de Segurança da própria entidade e de uma empresa de segurança, especializada em monitorar as apostas.

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