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Fifa contrata consultoria especial para lidar com escândalo

Uma porta-voz da entidade disse que a organização recorreu à Teneo “para trabalhar suas prioridades de operação e reputação”


	Joseph Blatter: entre os executivos da Teneo estão várias pessoas que atuaram em campanhas de países candidatos a sediar a Copa do Mundo.
 (Arnd Wiegmann/Reuters)

Joseph Blatter: entre os executivos da Teneo estão várias pessoas que atuaram em campanhas de países candidatos a sediar a Copa do Mundo. (Arnd Wiegmann/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2015 às 13h43.

Miami - Assolada por um escândalo de corrupção, a Fifa contratou a Teneo, empresa de Nova York especializada em comunicações e aconselhamento em situações de crise, para lidar com as investigações de autoridades dos Estados Unidos e da Suíça e tentar melhorar sua imagem.

Uma porta-voz da Fifa disse à Reuters que a organização recorreu à Teneo “para trabalhar suas prioridades de operação e reputação”.

Não foi possível obter comentários de representantes da Teneo de imediato.

Em maio, promotores dos EUA indiciaram nove dirigentes do futebol, a maioria dos quais tinha cargos na Fifa, e cinco executivos de empresas de marketing e divulgação por uma série de delitos relacionados ao pagamento de propinas, entre eles fraude, lavagem de dinheiro e extorsão.

Sete dirigentes foram presos em Zurique dois dias antes do congresso anual da entidade que comanda o futebol mundial – incluindo o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin–, mergulhando a Fifa no caos.

Entre os executivos da Teneo estão várias pessoas que atuaram em campanhas de países candidatos a sediar a Copa do Mundo.

O presidente da Teneo, Doug Band, foi diretor da campanha dos EUA para sediar o Mundial de 2022. O evento foi concedido ao Catar em uma votação de membros do comitê executivo da Fifa que agora é um dos objetos das investigações norte-americanas e suíças.

Band também foi conselheiro do ex-presidente norte-americano Bill Clinton – durante seu governo e muitos anos depois. O próprio Clinton ajudou a defender a proposta de seu país à Fifa.

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