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Fiadores de Assange contestam cobrança judicial em Londres

Assange estava sob prisão domiciliar enquanto aguardava um processo de extradição para a Suécia, onde é suspeito de ter cometido crimes sexuais

Julian Assange, fundador do WikiLeaks, falando na sacada da embaixada do Equador, em Londres (Rosie Hallam/Getty Images)

Julian Assange, fundador do WikiLeaks, falando na sacada da embaixada do Equador, em Londres (Rosie Hallam/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2012 às 18h01.

Londres - Nove pessoas que ofereceram garantias pela fiança de Julian Assange argumentaram nesta quarta-feira perante a Justiça que não deveriam ser obrigados a pagar o valor, que pode ser executado judicialmente pelo fato de o fundador do site WikiLeaks ter buscado refúgio na embaixada equatoriana em Londres.</p>

Vaughan Smith, um dos nove fiadores, que juntos depositaram 140 mil libras (225 mil dólares), declarou na Corte de Magistrados de Westminster que não têm culpa pela violação dos termos da fiança por parte de Assange.

Assange estava sob prisão domiciliar enquanto aguardava um processo de extradição para a Suécia, onde é suspeito de ter cometido crimes sexuais.

Ele nega as acusações e diz ter o receio de que, da Suécia, seja extraditado pelos Estados Unidos, onde poderia ser condenado à morte por ter divulgado milhares de documentos sigilosos do governo norte-americano por intermédio do seu site.


O ex-hacker australiano está refugiado desde junho na embaixada do Equador, que já lhe concedeu asilo político, mas a Grã-Bretanha diz que irá prendê-lo se ele deixar o prédio.

Um juiz deve decidir nos próximos dias sobre a cobrança judicial da fiança depositada sob garantia em dezembro de 2010.

Henry Blaxland, advogado de alguns dos fiadores, como o biólogo britânico John Sulston, ganhador do Nobel de Biologia, e o jornalista australiano Phillip Knightley, disse que o caso é "totalmente excepcional", porque Assange solicitou asilo político ao violar as regras da liberdade condicional.

O caso abalou as relações entre Grã-Bretanha e Equador. O chanceler britânico, William Hague, se reuniu no mês passado com seu homólogo equatoriano para lhe dar garantias de que a lei britânica de extradição inclui "amplas salvaguardas aos direitos humanos".

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