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Farc diz que pode adiar entrega de armas na Colômbia

A decisão pode ser tomada após a captura de um guerrilheiro que trabalhava na implementação do acordo de paz na Colômbia

Farc: "o governo continua com seu calendário (para o processo de paz). Esse é o compromisso se será cumprido", disse o presidente da Colômbia (Mario Tama/Getty Images)
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AFP

Publicado em 5 de junho de 2017 às 08h19.

O chefe das FARC , Rodrigo Londoño, disse neste domingo estar "considerando" adiar a entrega de armas do grupo rebelde após da captura de um guerrilheiro que trabalhava na implementação do acordo de paz na Colômbia, fato que o governo disse estar "esclarecendo".

"Diante da captura de Yimmi Ríos, que está (realizando) tarefas relacionadas com a implementação (do acordo de paz) estou considerando ordenar o adiamento (da) entrega de armas", disse no Twitter Londoño, conhecido pelo nome de guerra de "Timochenko".

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Mais tarde, o presidente Juan Manuel Santos manifestou-se. "Entendi que isso é um problema de identidades e de trâmites burocráticos -isso foi o que meu diretor de polícia me informou, o general (Jorge) Nieto- e que está em processo para ser resolvido".

"O governo continua com seu calendário (para o processo de paz). Esse é o compromisso se será cumprido", apontou Santos ao fim de conselho de segurança em Cartagena (norte) e segundo um comunicado no site da Presidência.

O escritório do Alto Comissariado para a Paz havia informado a jornalistas que Ríos "efetivamente foi preso nesta manhã" no que apontou ser uma confusão.

"Ele tinha uma ordem de prisão suspensa por Resolução Presidencial", mas essa suspensão havia sido feita para "o nome que ele deu", que respondia a "seu codinome na organização e não a seu nome real", explicaram.

"Neste momento ele está na audiência de custódia e estão fazendo as gestões correspondentes para esclarecer à justiça que se trata da mesma pessoa", acrescentou.

Ríos se encontrava em Bogotá desde há dois meses, "realizando tarefas próprias do processo de paz dirigidas à consolidação das listas dos membros das FARC que vão fazer sua passagem à legalidade", esclareceu o governo.

O chefe das FARC não fez um novo pronunciamento após o esclarecimento oficial.

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