Os reféns em processo de libertação são quatro militares e seis policiais que as Farc sequestraram entre 1998 e 1999, em diversos ataques (AFP)
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2012 às 12h36.
Bogotá - A organização que reúne as famílias dos dez militares e policiais que seguem em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) pediu neste sábado aos guerrilheiros que aceitem o novo calendário fixado para iniciar a operação de libertação dos reféns.
Em comunicado divulgado em Bogotá, a Associação Colombiana de Parentes de Membros da Polícia Detidos e Libertados por Grupos Guerrilheiros (Asfamipaz) observou que a data necessária é a de 30 de março e não a do dia 26, que é a traçada pelos insurgentes.
A nova data foi fixada pelos responsáveis da coordenação e da logística da operação, que é preparada por Colômbia, Brasil e pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), com auxílio do coletivo Colombianos e Colombianas pela Paz (CCP).
O governo brasileiro disponibilizará os helicópteros para a missão.
Para Asfamipaz, no dia 30 'as partes que apoiam e têm sob sua responsabilidade toda a logística' estariam finalmente prontas para realizar a operação 'com toda a responsabilidade e o protocolo requerido para a segurança da mesma'.
No comunicado, a Asfamipaz reconheceu que as Farc demonstraram vontade política para pôr em liberdade de maneira unilateral estes últimos reféns.
Os reféns em processo de libertação são quatro militares e seis policiais que as Farc sequestraram entre 1998 e 1999, em diversos ataques.
O processo para a libertação ganhou impulso no final de novembro de 2011, depois que as Farc mataram quatro reféns em represália por uma suposta operação militar de resgate no sul do país. No dia 26 de fevereiro, a guerrilha anunciou a libertação dos últimos dez reféns.