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Explosão sacode petroleiro iraniano em chamas na China

Explosão obrigou as equipes que trabalham para apagar o fogo a suspenderem suas atividades e a deixarem o local por segurança

Navio em chamas na China: ministério do país asiático, no entanto, não deu mais detalhes sobre o alcance da explosão (China Central Television/Reuters)
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EFE

Publicado em 10 de janeiro de 2018 às 14h50.

Pequim - Uma explosão sacudiu nesta quarta-feira o petroleiro iraniano que está queimando no Mar da China Oriental desde o último sábado, quando colidiu com um navio-cargueiro de Hong Kong, informou nesta quarta-feira o Ministério dos Transportes da China, que não deu detalhes sobre o alcance da deflagração.

A explosão obrigou as equipes que trabalham para apagar o fogo a suspenderem suas atividades e a deixarem o local por segurança, indicou o ministério chinês, que não detalhou se a busca pelas 31 pessoas que seguem desaparecidas após o acidente também foram interrompidas.

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As autoridades chinesas já tinham advertido sobre os riscos do navio, que transportava petróleo condensado equivalente a quase 1 milhão de barris, explodir ou afundar.

O ministério do país asiático, no entanto, não deu mais detalhes sobre o alcance da explosão em seu comunicado oficial, por isso não se sabe a dimensão do impacto causado, e se houve vazamentos significativos de petróleo no mar.

Posteriormente, a Administração Estatal do Oceano informou que um pequeno avião de vigilância marítima tinha detectado uma pequena mancha de petróleo perto do local do acidente que poderia proceder da embarcação.

Um especialista do órgão, Zhou Qing, citado pela agência estatal de notícias "Xinhua', reconheceu que estes resíduos representam uma ameaça para o meio marinho, embora tenha afirmado que, levando em conta as condições meteorológicas, é pouco provável que afete por enquanto a área costeira.

O Sanchi, um navio iraniano registrado no Panamá, transportava 136 mil toneladas de petróleo condensado, formado por uma mistura de hidrocarbonetos recuperados durante o processamento de gás natural.

Segundo explicou hoje a ONG Greenpeace, o condensado é "muito volátil" por isso, "grande parte do petróleo será consumido no incêndio" e a maior parte "vai evaporar no ar".

Assim, se houver derramamento de óleo, não haverá "uma mancha espessa e preta associada com os vazamentos de petróleo cru", mas isto "não significa que esteja livre de riscos ambientais", acrescentou a ONG em um comunicado.

Até agora, as autoridades chinesas garantiram que não foram registrados grandes vazamentos, mas assinalou que os trabalhos de busca dos 31 desaparecidos são extremamente delicados devido ao gás tóxico do incêndio, que poderia prejudicar a saúde dos que estão próximos.

A guarda costeira do Japão também enviou efetivos ao local do acidente para dar apoio aos trabalhos de resgate e extinção do incêndio, acrescentou o Ministério dos Transportes da China.

A colisão entre o petroleiro iraniano e o cargueiro de Hong Kong aconteceu no Mar da China Oriental no sábado a 160 milhas (295 quilômetros) a leste do estuário do rio Yangtzé, que é margeado pela cidade de Xangai e pelas províncias de Jiangsu (ao sul) e Zhejiang (ao norte).

Ainda é cedo para falar de danos ambientais, mas o Greenpeace assinalou que um vazamento de grande volume de petróleo condensado poderia representar um risco de toxificação de espécies de pescado de grande consumo na China, como a corvina amarela e a cavala.

"Os riscos para a vida e o meio ambiente são enormes e as lições devem ser aprendidas", advertiu a ONG.

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