Exército tailandês derruba governo e suspende Constituição
General Prayuth Chan-ocha assumiu o controle do governo em um golpe de Estado dois dias depois de decretar uma lei marcial
Da Redação
Publicado em 22 de maio de 2014 às 17h41.
Bangcoc - O chefe do Exército tailandês, general Prayuth Chan-ocha, assumiu o controle do governo em um golpe de Estado nesta quinta-feira, dois dias depois de decretar a lei marcial no país, dizendo que os militares têm que restaurar a ordem e levar adiante reformas após seis meses de tumultos.
Os militares declararam toque de recolher das 22h às 5h, suspenderam a Constituição e detiveram alguns políticos. Mais tarde, intimaram a ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra e outras 22 pessoas, incluindo parentes e ministros do seu governo deposto.
Os manifestantes receberam ordens para desmontar os seus acampamentos e a mídia foi censurada. Não havia relatos de violência.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse não haver justificativa para o golpe, que terá “implicações negativas” nas relações bilaterais. Os EUA estão avaliando a sua ajuda militar e de outros tipos “de acordo com a lei norte-americana”.
A Tailândia é refém de uma luta de poder prolongada entre apoiadores do ex-primeiro-ministro deposto Thaksin Shinawatra e oposicionistas apoiados pelos monarquistas que polarizou o país e abalou a sua economia.
“Para que a situação volte ao normal rapidamente e nossa sociedade volte a amar e viver em paz... e para reformar a estrutura política, econômica e social, os militares precisam assumir o poder”, declarou Prayuth em um pronunciamento televisionado.
O general fez o seu discurso depois de uma reunião para a qual convocou as facções rivais no conflito político com o objetivo de encontrar um meio termo para pôr fim aos seis meses de manifestações contra o governo.
Mas não houve progresso e Prayuth encerrou o encontro anunciando que estava tomando o poder, de acordo com um dos participantes.
As Forças Armadas tailandesas têm um longo histórico de intervenções na política – houve 18 tentativas de golpes de Estado, alguns deles bem-sucedidos, desde que o país se tornou uma monarquia constitucionalista em 1932, o mais recente em 2006, quando Thaksin foi deposto.
Centenas de soldados cercaram o local da reunião, o Clube do Exército de Bangcoc, pouco antes do anúncio do golpe, e as tropas levaram Suthep Thaugsuban, líder dos protestos contra o governo pró-Thaksin.
Prayuth, que há meses vem tentando manter o Exército fora do confronto político, assumiu as funções e responsabilidades de primeiro-ministro.
Tiros Para o Alto
Soldados dispararam tiros para o alto a fim de dispersar milhares de manifestantes "pró-governo" conhecidos como "camisetas vermelhas" reunidos na zona oeste da Bangcoc.
O Exército também ordenou que as emissoras de rádio e TV interrompessem a sua programação normal para transmitir apenas comunicados oficiais, proibiu agrupamentos de mais de cinco pessoas, além de dizer que irá suspender sites que divulgarem informações falsas ou incitarem tumultos.
A cúpula militar decretou uma lei marcial na terça-feira, alegando que era preciso para conter a violência. Desde que as manifestações contra o governo começaram no fim do ano passado, 28 pessoas foram mortas e 700 ficaram feridas.
Yingluck Shinawatra foi forçada a entregar o cargo por um tribunal duas semanas atrás, mas seu governo, mesmo abalado por seis meses de protestos, continuava oficialmente no poder até esta quinta-feira.
Bangcoc - O chefe do Exército tailandês, general Prayuth Chan-ocha, assumiu o controle do governo em um golpe de Estado nesta quinta-feira, dois dias depois de decretar a lei marcial no país, dizendo que os militares têm que restaurar a ordem e levar adiante reformas após seis meses de tumultos.
Os militares declararam toque de recolher das 22h às 5h, suspenderam a Constituição e detiveram alguns políticos. Mais tarde, intimaram a ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra e outras 22 pessoas, incluindo parentes e ministros do seu governo deposto.
Os manifestantes receberam ordens para desmontar os seus acampamentos e a mídia foi censurada. Não havia relatos de violência.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse não haver justificativa para o golpe, que terá “implicações negativas” nas relações bilaterais. Os EUA estão avaliando a sua ajuda militar e de outros tipos “de acordo com a lei norte-americana”.
A Tailândia é refém de uma luta de poder prolongada entre apoiadores do ex-primeiro-ministro deposto Thaksin Shinawatra e oposicionistas apoiados pelos monarquistas que polarizou o país e abalou a sua economia.
“Para que a situação volte ao normal rapidamente e nossa sociedade volte a amar e viver em paz... e para reformar a estrutura política, econômica e social, os militares precisam assumir o poder”, declarou Prayuth em um pronunciamento televisionado.
O general fez o seu discurso depois de uma reunião para a qual convocou as facções rivais no conflito político com o objetivo de encontrar um meio termo para pôr fim aos seis meses de manifestações contra o governo.
Mas não houve progresso e Prayuth encerrou o encontro anunciando que estava tomando o poder, de acordo com um dos participantes.
As Forças Armadas tailandesas têm um longo histórico de intervenções na política – houve 18 tentativas de golpes de Estado, alguns deles bem-sucedidos, desde que o país se tornou uma monarquia constitucionalista em 1932, o mais recente em 2006, quando Thaksin foi deposto.
Centenas de soldados cercaram o local da reunião, o Clube do Exército de Bangcoc, pouco antes do anúncio do golpe, e as tropas levaram Suthep Thaugsuban, líder dos protestos contra o governo pró-Thaksin.
Prayuth, que há meses vem tentando manter o Exército fora do confronto político, assumiu as funções e responsabilidades de primeiro-ministro.
Tiros Para o Alto
Soldados dispararam tiros para o alto a fim de dispersar milhares de manifestantes "pró-governo" conhecidos como "camisetas vermelhas" reunidos na zona oeste da Bangcoc.
O Exército também ordenou que as emissoras de rádio e TV interrompessem a sua programação normal para transmitir apenas comunicados oficiais, proibiu agrupamentos de mais de cinco pessoas, além de dizer que irá suspender sites que divulgarem informações falsas ou incitarem tumultos.
A cúpula militar decretou uma lei marcial na terça-feira, alegando que era preciso para conter a violência. Desde que as manifestações contra o governo começaram no fim do ano passado, 28 pessoas foram mortas e 700 ficaram feridas.
Yingluck Shinawatra foi forçada a entregar o cargo por um tribunal duas semanas atrás, mas seu governo, mesmo abalado por seis meses de protestos, continuava oficialmente no poder até esta quinta-feira.