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Exército recupera bairros cristãos em Alepo

Os insurgentes, que tomaram o controle de uma parte dos bairros cristãos de Alepo, foram expulsos de Telal, Khdeidé e Sleimaniyé

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2012 às 15h36.

Damasco - O Exército sírio recuperou nesta quinta-feira os bairros cristãos do centro de Alepo controlados pelos rebeldes, após dois dias de intensas lutas, enquanto os combates causam estragos em outras áreas da metrópole do norte da Síria, em Damasco e em seus arredores.

Os insurgentes, que tomaram o controle de uma parte dos bairros cristãos de Alepo, foram expulsos de Telal, Khdeidé e Sleimaniyé.

O bispo greco-católico de Alepo, criticado por sua postura a favor do regime, fugiu para não cair nas mãos dos rebeldes, segundo um morador que não quis ser identificado e que foi contatado por telefone pela AFP.

"Os combates na madrugada de terça-feira foram muito violentos e duraram muitas horas antes de o Exército conseguir expulsar os rebeldes e deter dezenas" deles, acrescentou.

Outros bairros de Alepo, como Sakhour, Tarik al-Bab, Boustane al-Qasr e Al-Shaar foram bombardeados com artilharia pesada, segundo militantes. Também foram registrados combates no bairro de Salaheddine, principal reduto rebelde, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Exército e rebelião afirmaram ter avançado em Alepo. Um funcionário de segurança alertou para "uma longa guerra".

"O Exército tenta estabelecer áreas de segurança", ou seja, dividir os bairros em vários setores, tomando o controle das principais ruas com homens e tanques para depois "limpar cada área", segundo uma fonte de segurança.

Sete quilômetros ao sul de Damasco, soldados e rebeldes se enfrentavam em violentos combates perto de Daraya, onde uma mãe e seus quatro filhos morreram, segundo o OSDH.

A cidade vive um intenso bombardeio com obuses procedentes dos tanques mobilizados nos arredores, disse o OSDH.


Também foram registrados combates no bairro de Hajar al-Aswad, submetido a bombardeios do Exército.

Um tenente-coronel da polícia de fronteiras iraquiano, que pediu para não ser identificado, informou que "aviões de combate sírios entraram no espaço aéreo iraquiano às 08h00 locais (02h00 de Brasília) e que permaneceram durante 15 minutos para bombardear Boukamal, situada em território sírio".

Um funcionário do centro de comando da província de Anbar, no oeste do Iraque e na fronteira com a Síria, confirmou os incidentes, mas negou-se a fornecer mais detalhes.

O prefeito de Qaïm, situada em frente a Boukamal, mas no lado iraquiano da fronteira, informou sobre os bombardeios, mas assegurou que "nenhum avião sírio entrou no Iraque. Tudo ocorreu no lado sírio".

Segundo um registro provisório do OSDH, 72 pessoas morreram nesta quinta-feira na Síria, com 19 cadáveres encontrados em Maadamiyat al-Sham, perto de Damasco, e em Kafar Soussé, um bairro da capital.

Desde o início do movimento de protesto, em março de 2011, que se intensificou com a repressão do regime, mais de 24.000 pessoas morreram, incluindo mais de 17.000 civis, de acordo com a última contagem apresentada pelo OSDH. Em 15 dias, mais de mil pessoas morreram.

"É uma vergonha que a comunidade internacional permaneça dividida sobre a Síria, negligenciando as provas sobre a amplitude e a gravidade das violações dos direitos humanos, enquanto os civis estão pagando o preço", afirma a Anistia Internacional em um comunicado.

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Damasco - O Exército sírio recuperou nesta quinta-feira os bairros cristãos do centro de Alepo controlados pelos rebeldes, após dois dias de intensas lutas, enquanto os combates causam estragos em outras áreas da metrópole do norte da Síria, em Damasco e em seus arredores.

Os insurgentes, que tomaram o controle de uma parte dos bairros cristãos de Alepo, foram expulsos de Telal, Khdeidé e Sleimaniyé.

O bispo greco-católico de Alepo, criticado por sua postura a favor do regime, fugiu para não cair nas mãos dos rebeldes, segundo um morador que não quis ser identificado e que foi contatado por telefone pela AFP.

"Os combates na madrugada de terça-feira foram muito violentos e duraram muitas horas antes de o Exército conseguir expulsar os rebeldes e deter dezenas" deles, acrescentou.

Outros bairros de Alepo, como Sakhour, Tarik al-Bab, Boustane al-Qasr e Al-Shaar foram bombardeados com artilharia pesada, segundo militantes. Também foram registrados combates no bairro de Salaheddine, principal reduto rebelde, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Exército e rebelião afirmaram ter avançado em Alepo. Um funcionário de segurança alertou para "uma longa guerra".

"O Exército tenta estabelecer áreas de segurança", ou seja, dividir os bairros em vários setores, tomando o controle das principais ruas com homens e tanques para depois "limpar cada área", segundo uma fonte de segurança.

Sete quilômetros ao sul de Damasco, soldados e rebeldes se enfrentavam em violentos combates perto de Daraya, onde uma mãe e seus quatro filhos morreram, segundo o OSDH.

A cidade vive um intenso bombardeio com obuses procedentes dos tanques mobilizados nos arredores, disse o OSDH.


Também foram registrados combates no bairro de Hajar al-Aswad, submetido a bombardeios do Exército.

Um tenente-coronel da polícia de fronteiras iraquiano, que pediu para não ser identificado, informou que "aviões de combate sírios entraram no espaço aéreo iraquiano às 08h00 locais (02h00 de Brasília) e que permaneceram durante 15 minutos para bombardear Boukamal, situada em território sírio".

Um funcionário do centro de comando da província de Anbar, no oeste do Iraque e na fronteira com a Síria, confirmou os incidentes, mas negou-se a fornecer mais detalhes.

O prefeito de Qaïm, situada em frente a Boukamal, mas no lado iraquiano da fronteira, informou sobre os bombardeios, mas assegurou que "nenhum avião sírio entrou no Iraque. Tudo ocorreu no lado sírio".

Segundo um registro provisório do OSDH, 72 pessoas morreram nesta quinta-feira na Síria, com 19 cadáveres encontrados em Maadamiyat al-Sham, perto de Damasco, e em Kafar Soussé, um bairro da capital.

Desde o início do movimento de protesto, em março de 2011, que se intensificou com a repressão do regime, mais de 24.000 pessoas morreram, incluindo mais de 17.000 civis, de acordo com a última contagem apresentada pelo OSDH. Em 15 dias, mais de mil pessoas morreram.

"É uma vergonha que a comunidade internacional permaneça dividida sobre a Síria, negligenciando as provas sobre a amplitude e a gravidade das violações dos direitos humanos, enquanto os civis estão pagando o preço", afirma a Anistia Internacional em um comunicado.

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