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Ex-vice-ministro sírio diz que autoridades não podem sair

'Todos as autoridades sírias estão numa grande prisão, não podem abandonar o território devido a uma decisão oficial', afirmou Hussameddin à televisão francesa

'Não se pode esperar mais deste regime após um ano de violência, barbárie, monstruosidade e destruição', atacou Hussameddin (Uriel Sinai/Getty Images)

'Não se pode esperar mais deste regime após um ano de violência, barbárie, monstruosidade e destruição', atacou Hussameddin (Uriel Sinai/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2012 às 14h15.

Paris - O ex-vice-ministro sírio de Petróleo, Abdo Hussameddin, que deixou o governo para se unir à oposição ao regime do presidente Bashar al Assad, afirmou que os membros do Executivo são 'prisioneiros' dentro do próprio país.

'Todos as autoridades sírias estão numa grande prisão, não podem abandonar o território devido a uma decisão oficial', afirmou Hussameddin à televisão francesa 'France 24', em sua primeira declaração após ter anunciado sua deserção por meio de um vídeo na internet.

O ex-vice-ministro disse que só é possível deixar o país com a autorização das forças de segurança ou de altos funcionários do regime. 'Por isso os membros do Executivo não querem abandonar o país, pois temem por suas vidas e suas famílias', afirmou.

Hussameddin classificou de 'desastrosa' a situação do país e considerou que 'o regime está morrendo', por isso pediu que 'todos os cidadãos que se unam à revolução e não permaneçam como simples espectadores'.

'A Síria é um desastre, todos os dias centenas de sírios morrem diante do olhar do mundo, isso tem que mudar. O mundo tem que ajudar a Síria', pediu.

'Não se pode esperar mais deste regime após um ano de violência, barbárie, monstruosidade e destruição', atacou Hussameddin.

O ex-vice-ministro disse ainda que a situação econômica no país é péssima, e denunciou que não existem 'recursos no turismo, no petróleo e na indústria', e revelou que a libra síria se desvalorizou até a metade de sua cotação de antes da crise.

Hussameddin explicou que desertou 'por vontade própria e sem pressões' e confirmou que desempenhava as funções de vice-ministro de Petróleo, apesar de alguns meios de comunicação terem afirmado que ele não ocupava esse posto. 

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