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Ex-presidente Mursi denunciará autores do golpe no Egito

O ex-presidente do Egito Mohamed Mursi, derrubado e detido pelo exército, denunciará ante a justiça as pessoas que considera autores do golpe de Estado

O presidente deposto do Egito, Mohamed Mursi em 29 de maio de 2013: Mursi está preso e sendo julgado por "incitação ao assassinato" de manifestantes (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2013 às 10h43.

Cairo - O ex-presidente islamita do Egito Mohamed Mursi , derrubado e detido pelo exército no início de julho, denunciará ante a justiça as pessoas que considera autores do golpe de Estado de que diz ser vítima, anunciou nesta quarta-feira seu advogado.

O primeiro chefe de Estado eleito democraticamente no Egito está preso e sendo julgado por "incitação ao assassinato" de manifestantes contrários a seu governo em 2012.

O governo interino dirigido de fato pelo exército lançou, por sua parte, em agosto uma violenta repressão contra os partidários de Mursi.

"O presidente prevê abrir um procedimento judicial contra o golpe de Estado (...) em um futuro próximo", declarou Mohamed al-Damati, chefe da equipe de advogados que visitou Mursi na prisão.

"Será apresentada uma denúncia ao procurador-geral para demonstrar que o que aconteceu foi um crime. Também serão apresentados recursos ante a justiça administrativa para cancelar a ação conduzida pelo general Abdel Fatah al-Sisi", concluiu o advogado.

Al-Sisi, comandante-em-chefe do Exército, vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa, é considerado o novo homem-forte do regime.

Foi ele quem anunciou publicamente em 3 de julho a destituição e prisão de Mursi e confiou a um presidente e um governo interinos - que ele mesmo nomeou - a missão de revisar a Constituição e organizar eleições legislativas e presidenciais no início de 2014.

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O primeiro chefe de Estado eleito democraticamente no Egito está preso e sendo julgado por "incitação ao assassinato" de manifestantes contrários a seu governo em 2012.

O governo interino dirigido de fato pelo exército lançou, por sua parte, em agosto uma violenta repressão contra os partidários de Mursi.

"O presidente prevê abrir um procedimento judicial contra o golpe de Estado (...) em um futuro próximo", declarou Mohamed al-Damati, chefe da equipe de advogados que visitou Mursi na prisão.

"Será apresentada uma denúncia ao procurador-geral para demonstrar que o que aconteceu foi um crime. Também serão apresentados recursos ante a justiça administrativa para cancelar a ação conduzida pelo general Abdel Fatah al-Sisi", concluiu o advogado.

Al-Sisi, comandante-em-chefe do Exército, vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa, é considerado o novo homem-forte do regime.

Foi ele quem anunciou publicamente em 3 de julho a destituição e prisão de Mursi e confiou a um presidente e um governo interinos - que ele mesmo nomeou - a missão de revisar a Constituição e organizar eleições legislativas e presidenciais no início de 2014.

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