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Ex-presidente da Coreia do Sul é condenada a 24 anos de prisão

Park Geun-hye foi condenada no caso "Rasputina", por criar uma vasta rede de favores e extorquir grandes empresas como Samsung, Hyundai e Lotte

Aliados de Park: ela foi declarada culpada de 16 das 18 acusações no caso de corrupção da "Rasputina" (Kim Hong-Ji/Reuters)

Aliados de Park: ela foi declarada culpada de 16 das 18 acusações no caso de corrupção da "Rasputina" (Kim Hong-Ji/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de abril de 2018 às 06h33.

Seul - A ex-presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, foi condenada nesta sexta-feira por um tribunal de Seul a 24 anos de prisão pelo seu envolvimento no caso de corrupção da "Rasputina", que culminou com sua cassação em janeiro de 2017.

A sentença, que foi transmitida ao vivo pela TV por quase duas horas, considera comprovada que a ex-presidente conservadora e sua amiga Choi Soon-sil, conhecida como a "Rasputina", criaram uma vasta rede de favores através da qual extorquiram grandes empresas como Samsung, Hyundai e Lotte.

Park, de 66 anos, estava presa preventivamente desde março de 2017 e foi a primeira chefe de Estado sul-coreano cassada na democracia, cuja saída motivou uma antecipação nas eleições, vencidas em maio do ano passado pelo liberal Moon-Jae-in.

Além disso, o tribunal presidido pelo juiz Kim Se-yoon condenou a ex-governante ao pagamento de uma multa de 18 bilhões de wons (US$ 16,8 milhões).

A promotoria tinha pedido para ela 30 anos de prisão e multa de 118,5 bilhões de wons (US$ 95 milhões).

Park, que chegou ao poder em fevereiro de 2013, foi declarada culpada de 16 das 18 acusações no caso de corrupção da "Rasputina", como abuso de poder, suborno e coação.

Na entrada do tribunal, uma multidão de simpatizantes da ex-presidente se reuniu agitando bandeiras do país e mostrando cartazes em inglês onde estavam escrito: "Parem os processos mortais contra Park Geun-hye" ou "O Estado de Direito morreu".

A ex-governante, que não comparece ao tribunal desde outubro do ano passado alegando problemas de saúde, também não participou da audiência de hoje e denunciou que foi julgada de maneira imparcial e mantida presa preventivamente sem motivos.

É a primeira vez que a Coreia do Sul transmite pela televisão o veredicto de uma causa penal, depois que a Suprema Corte aprovasse no ano passado uma emenda para permitir esta cobertura, se o próprio tribunal considerasse um caso de interesse público.

A sentença de hoje acontece depois que a conhecida como "Rasputina" sul-coreana ter sido condenada em fevereiro a 20 anos de prisão e a pagar uma multa milionária por ser o cérebro da trama de corrupção que escandalizou o país asiático.

Choi, amiga íntima de Park, era a principal responsável da ampla rede de tráfico de influência tramada ao lado da ex-presidente.

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