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Ex-presidente catalão anuncia que permanecerá na Bélgica

Anúncio foi feito um dia depois que a Justiça espanhola retirou a ordem de prisão europeia contra ele

Carles Puigdemont: em caso de vitória das forças separatistas nas eleições, Puidemont deu a entender que ele e seu partidários poderão voltar à Catalunha (Yves Herman/Reuters)
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AFP

Publicado em 6 de dezembro de 2017 às 12h39.

O presidente catalão destituído, Carles Puigdemont, afirmou nesta quarta-feira que permanecerá na Bélgica, um dia depois que a Justiça espanhola retirou a ordem de prisão europeia contra ele.

"No momento, ficaremos aqui", assegurou Puigdemont em coletiva de imprensa no hotel Husa Presidente Park, em Bruxelas, acompanhado dos quatro membros de seu governo e parte de sua equipe de advogados.

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Junto ao líder catalão, candidato às eleições regionais de 21 de dezembro pelo partido 'Junts per Catalunya', estavam Antoni Comín, Meritxell Serret, Lluís Puig e Clara Ponsatí.

Em caso de vitória das forças separatistas nas eleições, Puidemont deu a entender que ele e seu partidários poderão voltar à Catalunha.

Na véspera, a Justiça espanhola retirou o pedido para a extradição de Puigdemont, preferindo esperar sua volta à Espanha para detê-lo.

Desde 27 de outubro, quando o Parlamento catalão declarou a independência unilateralmente e o governo espanhol de Mariano Rajoy respondeu tomando o controle da região e convocando essas eleições, a Catalunha vive com um olho nas eleições e outro nos tribunais.

Em uma manobra inesperada, o juiz Pablo Llarena, do Tribunal Supremo, decidiu retirar a ordem de prisão europeia emitida em 3 de novembro contra Puigdemont e quatro de seus ministros.

Todos são investigados por rebelião, sedição e malversação por impulsionar o processo de separação que culminou na frustrada proclamação de uma república independente.

A decisão coincide com o lançamento da campanha para eleições fundamentais que o independentismo catalão enfrenta enfraquecido. Seu plano de separação unilateral fracassou e seus principais líderes estão na prisão ou no exterior.

Segundo uma análise do Centro de Pesquisas Sociológicas (CIS), os separatistas perderiam a maioria absoluta na Câmara catalã e empatariam em votos com os contrários à secessão.

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