Mundo

Ex-premiê tunisiano forma novo partido e quer alternância de poder no país

Beji Caid Essebsi lançou o partido Chamada pela Tunísia para "agrupar diferentes forças políticas, consolidar o equilíbrio e garantir alternância política" no país

Beji Caid Essebsi: "a prioridade é o fim da violência e a unidade de todos os tunisianos" (AFP)

Beji Caid Essebsi: "a prioridade é o fim da violência e a unidade de todos os tunisianos" (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2012 às 14h23.

Túnis - O ex-primeiro-ministro tunisiano Beji Caid Essebsi lançou neste sábado o partido Chamada pela Tunísia, cujo objetivo, segundo ele, é 'agrupar diferentes forças políticas, consolidar o equilíbrio e garantir a alternância política'.

Durante o ato de apresentação no palácio de congressos da capital tunisiana e diante pelo menos 3 mil pessoas, Essebsi disse que a nova legenda 'está aberta a todos os partidos e forças políticas e sociais que quiserem participar de criar uma alternativa necessária para consolidar a democracia'.

Essebsi, que foi primeiro-ministro no segundo governo transitório da Tunísia, ressaltou que 'a unidade é agora mais importante do que nunca, como demonstram os últimos graves eventos de violência' que atingiu o país nesta semana.

Em sua opinião, 'a destruição de obras de arte com o fechamento do centro cultural Al-Abdelia ocorrida no domingo passado e as pressões sobre o país que setores religiosos realizam usando a violência significam, no fundo, uma rejeição a um Estado civil'.

Ele também condenou 'as proclamas a favor da morte dos artistas que supostamente faltaram o respeito aos princípios sagrados' proferidas nesta sexta-feira por um imame da principal mesquita do país, A-Zeituna. Diante desta situação, pediu ao governo que proteja a vida dos cidadãos.

'Agora, a prioridade é o fim da violência e a unidade de todos os tunisianos para encaminhar os princípios da revolução', destacou Essebsi, que criticou a 'falta de pluralismo na Assembleia Nacional Constituinte, dominada por uma coalizão de apenas três partidos'. Por isso, em sua opinião, é necessário 'preparar a possibilidade de uma alternância que represente a imensa maioria silenciosa'. EFE

Acompanhe tudo sobre:DemocraciaPrimavera árabeTunísia

Mais de Mundo

Oposição da Venezuela cria portal com atas eleitorais para comprovar vitória de Gonzáles

OEA acusa Venezuela de manipulação eleitoral, dizendo que houve distorção dos resultados

Após mortes em protestos, Itamaraty pede que brasileiros evitem aglomerações na Venezuela

Mais na Exame