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Ex-capitão é condenado a 25 anos por genocídio em Ruanda

O ex-oficial da guarda presidencial foi declarado culpado de genocídio e de cumplicidade em crimes contra a humanidade, ao final de seis semanas de julgamento

Sala da Suprema Corte de Paris, onde ocorreu o julgamento de Pascal Simbikangwa: promotoria pediu prisão perpétua contra homem que descreveu como "genocida negacionista" (AFP)
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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2014 às 21h12.

A Justiça francesa condenou nesta sexta-feira o ex-capitão ruandês Pascal Simbikangwa a 25 anos de prisão por genocídio e crimes contra a humanidade, em uma decisão histórica nas vésperas do 20º aniversário do massacre de 1994.

O ex-oficial da guarda presidencial, de 54 anos e paraplégico desde um acidente sofrido em 1986, foi declarado culpado de genocídio e de cumplicidade em crimes contra a humanidade, ao final de seis semanas de julgamento.

A promotoria pediu prisão perpétua contra um homem que descreveu como um "genocida negacionista", acusado de ter incitado, organizado e ajudado a cometer os massacres que deixaram 800 mil mortos entre abril e julho de 1994.

Neste breve período, as milícias hutus massacraram principalmente membros da etnia tutsi, mas também hutus moderados.

A defesa pediu a absolvição de Simbikangwa, alegando falta de base da acusação e a exploração de um julgamento "político", que visa a aproximar Paris e Kigali após três anos de ruptura das relações diplomáticas, entre 2006 e 2009.

Durante anos, as autoridades ruandesas tutsis acusaram a França de ter apoiado os genocidas.

Pascal Simbikangwa foi detido em outubro de 2008 na ilha francesa de Mayotte, onde vivia sob um nome falso há três anos. A justiça francesa se negou a extraditá-lo para Ruanda, como já havia feito em casos similares.

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O ex-oficial da guarda presidencial, de 54 anos e paraplégico desde um acidente sofrido em 1986, foi declarado culpado de genocídio e de cumplicidade em crimes contra a humanidade, ao final de seis semanas de julgamento.

A promotoria pediu prisão perpétua contra um homem que descreveu como um "genocida negacionista", acusado de ter incitado, organizado e ajudado a cometer os massacres que deixaram 800 mil mortos entre abril e julho de 1994.

Neste breve período, as milícias hutus massacraram principalmente membros da etnia tutsi, mas também hutus moderados.

A defesa pediu a absolvição de Simbikangwa, alegando falta de base da acusação e a exploração de um julgamento "político", que visa a aproximar Paris e Kigali após três anos de ruptura das relações diplomáticas, entre 2006 e 2009.

Durante anos, as autoridades ruandesas tutsis acusaram a França de ter apoiado os genocidas.

Pascal Simbikangwa foi detido em outubro de 2008 na ilha francesa de Mayotte, onde vivia sob um nome falso há três anos. A justiça francesa se negou a extraditá-lo para Ruanda, como já havia feito em casos similares.

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