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Ex-analista da NSA irá se declarar culpado por vazar dados

Segundo acusação, Martin seria responsável por acumular 50 terabytes de dados e documentos da NSA em sua casa e seu carro durante 20 anos

Vazamento de dados: Martin pode ser condenado a até 10 anos de prisão e multa de 250.000 dólares (supershabashnyi/Thinkstock)

Vazamento de dados: Martin pode ser condenado a até 10 anos de prisão e multa de 250.000 dólares (supershabashnyi/Thinkstock)

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AFP

Publicado em 4 de janeiro de 2018 às 22h32.

Um ex-analista do grupo de elite de pirataria informática da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) aceitou se declarar culpado de vazar documentos sigilosos.

Harold Martin, que segundo relatórios trabalhava para a unidade da NSA dedicada a pirataria em sistemas informáticos de todo o mundo, vai se declarar culpado de 20 acusações apresentadas contra ele com o objetivo de encerrar um caso de 15 meses tratado em sigilo absoluto, segundo documentos judiciais apresentados na última hora de quarta-feira.

A acusação formal apresentada em 8 de fevereiro de 2017 apontou Martin como responsável por acumular aproximadamente 50 terabytes de dados e documentos da NSA em sua casa e seu carro durante um período de 20 anos. Segundo os informes, o material incluía programas digitais sensíveis para hackear os computadores de governos estrangeiros.

Sua detenção, no final de 2016, se seguiu à descoberta pela NSA de que um lote de seus equipamentos de pirataria havia caído nas mãos de um grupo ainda misterioso, denominado Shadow Brokers.

Pelo menos publicamente, Martin não foi acusado de responsabilidade por nenhum vazamento de dados da NSA.

Martin apresentará oficialmente sua declaração de culpa em 22 de janeiro, segundo os documentos da corte. Ele pode ser condenado a até 10 anos de prisão e multa de 250.000 dólares.

Em dezembro, Nghia Hoang Pho, de 67 anos, uma veterana de origem vietnamita e com dez anos na unidade de pirataria Tailored Access Operations, da NSA, foi acusada de aceitou se declarar culpada de subtração e retenção de documentos altamente sigilosos da agência, assim como material e programas altamente secretos.

Estes vazamentos e outros da Agência Central de Inteligência (CIA) ofuscaram a capacidade das agências de espionagem americanas para hackear os sistemas informáticos de governos estrangeiros e outros objetivos, segundo especialistas em Inteligência.

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