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Europa reabre as fronteiras para o turismo. Mas só para europeus

Vários países do continente começam a relaxar as restrições a viagens nesta semana. Mas Brasil deve ser um dos últimos neste ano a ter entrada liberada

Europa: a covid-19 já infectou quase 1,5 milhão de pessoas e matou mais de 170.000 no continente (Eric Gaillard/Reuters Brazil)

Europa: a covid-19 já infectou quase 1,5 milhão de pessoas e matou mais de 170.000 no continente (Eric Gaillard/Reuters Brazil)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 15 de junho de 2020 às 06h44.

Última atualização em 15 de junho de 2020 às 13h36.

Com o verão se aproximando e os novos casos de coronavírus em declínio no continente, a Europa começa a reabrir suas fronteiras para os turistas. Mas não para qualquer um. Nesta segunda-feira, 15, países como França, Alemanha e Grécia passam a permitir a entrada de estrangeiros, mas inicialmente apenas de países vizinhos.

Na última quinta-feira, a Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia, havia recomendado aos Estados-membros do espaço Schengen (acordo que permite a livre circulação de pessoas nos 26 países europeus signatários) que eliminem os controles impostos nas fronteiras internas para conter a covid-19. A pandemia infectou quase 1,5 milhão de pessoas e matou mais de 170.000 no continente.

A Comissão Europeia propôs também a suspensão gradual das restrições nas fronteiras externas dos países a partir de 1º de julho. Como os viajantes que entram na União Europeia podem circular de um país a outro, a recomendação é que os Estados-membros coordenem suas ações e elaborem um documento comum com a situação epidemiológica dos países fora do continente. Com isso, é provável que os turistas do Brasil, o segundo país com maior número de casos de covid-19 no mundo, fiquem entre os últimos a ter a entrada liberada na Europa.

As diretrizes da Comissão Europeia fornecem um ordenamento geral para os Estados-membros, mas cada país é soberano para adotar suas regras. A França vai reabrir hoje suas fronteiras com os países limítrofes e permitir a entrada de turistas de outras nações europeias a partir de 1º de julho.

A Alemanha, que já havia reaberto as fronteiras com a Áustria, a Suíça e a França em 16 de maio, deve a partir de hoje permitir a entrada de turistas de outros países europeus, assim como a Bélgica. A Suíça também está abrindo a fronteira a visitantes de 30 países.

A Grécia, onde o turismo representa 25% do PIB, divulgou uma lista mais extensa de países cujos turistas são bem-vindos a partir de hoje. São 29 países, a maioria da Europa, mas a lista inclui também Japão, China, Nova Zelândia e Israel (Brasil e Estados Unidos estão fora).

Com muitos países ainda receosos em promover uma abertura ampla, algumas bolhas de turismo vão se formar. A Holanda permitirá a partir de hoje a entrada de turistas de 12 países europeus, incluindo Alemanha e Itália, mas deixou de fora França, Espanha e Reino Unido. A Finlândia abrirá hoje suas fronteiras para turistas de Noruega, Dinamarca, Islândia e dos países bálticos (Letônia, Estônia e Lituânia). Já os três países bálticos permitem a livre circulação de turistas entre eles desde 15 de maio.

A Espanha anunciou ontem que reabrirá suas fronteiras para visitantes de outros países europeus no próximo domingo, dia 21. Para fora do continente, só em 1º de julho, data definida em comum acordo com a vizinha Portugal.

Epicentro da pandemia na Europa, a Itália sofre para atrair de volta os visitantes. O país foi um dos primeiros no continente a reabrir suas fronteiras para turistas dos países vizinhos, no dia 3 de junho. Segundo um levantamento, o número de reservas em voos para a Itália caiu 95% em junho, 82% em julho e 76% em agosto, em comparação com o mesmo período do ano passado. O turismo representa 13% do PIB italiano.

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