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EUA: senadores republicanos prontos para seguir com plano de US$ 1,2 tri

Apesar de convicção de senadores, porta-voz da Casa Branca não deixou claro se assinatura será feita mesmo sem contrapartida sobre gastos

 (Melina Mara/Bloomberg via/Getty Images)

(Melina Mara/Bloomberg via/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 27 de junho de 2021 às 16h21.

Senadores republicanos dos Estados Unidos negociando um acordo de infraestrutura estavam otimistas neste domingo sobre um projeto bipartidário de 1,2 trilhão de dólares, após o presidente Joe Biden recuar em sua ameaça de vetar a medida a menos que um plano de gastos paralelo dos democratas passe pelo Congresso.

O senador norte-americano Ron Portman afirmou que ele e seus colegas negociadores foram “surpreendidos” pelos comentários de Biden na quinta-feira, após um raro acordo bipartidário para reformar estradas, pontes e portos do país.

“Fiquei muito feliz de ver o presidente esclarecer seus comentários porque eles eram inconsistentes com tudo que nos vinha sendo dito”, afirmou Portman, em entrevista à emissora de televisão ABC.

Momentos após anunciar o acordo bipartidário na quinta-feira, pareceu que Biden o havia colocado em risco com seu comentário de que a lei de infraestrutura teria que avançar “em conjunto” com uma lei mais ampla que inclui uma série de prioridades democratas que ele espera ver aprovada com votos do seu partido. “Se isso for a única coisa que chegar a mim, não vou assinar”, disse na ocasião.

Os comentários colocaram pressão interna para que 11 republicanos no grupo de 21 senadores que endossaram o pacote de infraestrutura abandonassem o acordo.

Biden, então, divulgou um comunicado no sábado que essencialmente retirou a ameaça, dizendo que “certamente não foi minha intenção”.

"Estamos felizes...e agora podemos avançar”, disse Portman neste domingo.

O senador republicano Bill Cassidy disse que espera que membros do Senado possam superar a controvérsia causada na quinta-feira pelos comentários de Biden.

“Eu acho que o líder (Mitch) McConnell será a favor, se continuar como está agora”, disse Cassidy à emissora de televisão NBC.

Outro republicano envolvido nas discussões bipartidárias, o senador Mitt Romney, afirmou que está confiante que Biden assinará a lei bipartidária se chegar à sua mesa sem um plano separado de gastos dos democratas.

“Eu acredito na promessa do presidente”, disse Romney, em entrevista à emissora CNN.

O conselheiro da Casa Branca, Cedric Richmond, no entanto, não quis dizer se Biden assinará o projeto bipartidário de infraestrutura e uma legislação trabalhista, mesmo se não tiver uma outra lei de gastos maior para acompanhá-las.

Richmond afirmou em várias aparições na televisão no domingo que os democratas esperam conseguir enviar os dois projetos para a mesa do presidente. "Não temos que falar sobre condições”, disse Richmond ao “Fox News Sunday”.

Além dos 11 republicanos que já apoiam o acordo, pelo menos mais cinco republicanos devem votar pela medida, afirmou o senador democrata Jon Tester, ao programa “Face the Nation” da CBS. “Eu acho que também vamos ver alguns obstáculos à medida em que isso avançar”, disse Tester. “No fim, vamos conseguir passar isso pelo Senado.”

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