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EUA preveem desnuclearização da Coreia do Norte antes do fim de 2020

Questionado sobre vagueza dos compromissos, secretário disse que norte-coreanos entendem que haverá "verificação profunda" da desnuclearização

Trump e Kim Jong-Un: depois da cúpula com líder norte-coreano, presidente dos EUA disse que mundo pode ficar mais seguro porque não há mais uma ameaça nuclear na Coreia (Jonathan Ernst/Reuters)
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EFE

Publicado em 13 de junho de 2018 às 20h03.

Washington - O governo dos Estados Unidos espera que a Coreia do Norte dê "grandes passos" no seu processo de desnuclearização nos próximos dois anos e meio, indicou nesta quarta-feira o secretário de Estado americano, Mike Pompeo.

"Sim, definitivamente (...) Sobre os importantes passos para a desnuclearização, esperamos que possamos conseguir isso nos próximos dois anos e meio", afirmou Pompeo aos jornalistas que o acompanham em sua viagem à Coreia do Sul após o encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un .

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Pompeo respondeu à pergunta de um jornalista que o questionou se a Coreia do Norte tomará medidas concretas rumo à desnuclearização da península antes do fim do mandato de Trump , em 2020.

Após acompanhar o presidente dos EUA na cúpula de Singapura, o chefe da diplomacia americana iniciou uma excursão pela Ásia para explicar os acordos firmados na reunião entre Kim e Trump. Além da Coreia do Sul, Pompeo visitará a China.

Questionado sobre a vagueza dos compromissos firmados entre as partes na cúpula em Singapura, Pompeo disse que os norte-coreanos entendem que haverá uma "verificação profunda" da desnuclearização.

"Nem todo o trabalho apareceu no documento final. Muitos outros pontos nos quais houve entendimentos não pudemos reproduzir no texto. Isso significa que ainda há trabalho a fazer, embora tenha havido mais trabalho do que o visto no documento final, que é o ponto de partida do qual retomaremos conversas", explicou Pompeo.

Ao chegar a Washington de Singapura, Trump afirmou que o mundo pode ficar mais seguro porque não há mais uma ameaça nuclear na Coreia do Norte.

O governo dos EUA afirmou nas semanas prévias ao encontro em Singapura que qualquer relaxamento nas sanções econômicas impostas à Coreia do Norte deveria ser precedida de passos significativos no desmantelamento do programa nuclear do regime de Kim Jong-un.

O acordo entre Trump e Kim provocou inquietação nos tradicionais aliados da Casa Branca na região, especialmente a Coreia do Sul.

Por isso, a primeira escala de Pompeo é Seul, onde o secretário de Estado discutirá a delicada promessa feita por Trump de suspender as manobras militares conjuntas na península coreana.

Na declaração conjunta assinada pelos líderes, a Coreia do Norte se comprometeu com a desnuclearização da península e os EUA assumiu o compromisso de garantir a sobrevivência do regime de Kim.

Apesar de nenhum dos compromissos ter sido detalhado no torneio, em entrevista coletiva posterior a cúpula, Trump anunciou que suspenderia as manobras militares conjuntas com a Coreia do Sul como um gesto de boa vontade para a Coreia do Norte, que considera os exercícios como um ensaio para a invasão do país.

Depois de Seul, Pompeo vai a Pequim para se reunir com o ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi.

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