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EUA: mais de 300 pessoas presas nos acampamentos anti-Wall Street

Um pouco depois da meia-noite, uma centena de policiais da tropa de choque entraram no acampamento e começaram a desmontar as barracas no parque do centro da cidade californiana

Quase 500 policiais entraram no acampamento, onde realizaram várias prisões (Lucy Nicholson/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2011 às 21h03.

Los Angeles - Ao menos 300 pessoas foram presas em Los Angeles e 50 outras na Filadélfia na madrugada desta quarta-feira quando policiais desmontaram os acampamentos anti-Wall Street. As autoridades elogiaram as operações pela ausência de confrontos com os manifestantes.

"Quase 300 pessoas foram presas com o uso mínimo da força", informou o prefeito de Los Angeles, Antonio Villaraigosa, durante coletiva de imprensa.

O político parabenizou a polícia "por evitar os confrontos que ocorreram em outras cidades" durante operações parecidas e disse estar "orgulhoso com o que foi o melhor momento da história" da instituição.

Tambiém felicitou os manifestantes por terem mantido um movimento pacífico.

Um pouco depois da meia-noite, uma centena de policiais da tropa de choque entraram no acampamento e começaram a desmontar as barracas no parque do centro da cidade californiana, enquanto outros policiais bloqueavam as ruas.

A polícia declarou que a área ocupada pelo movimento Occupy Los Angeles era um lugar de reunião ilegítimo.

"Muitos foram embora voluntariamente" quando demos a ordem, disse à AFP o porta-voz da polícia, Lorenzo Quezada, acrescentando que as autoridades logo começaram a limpar a praça.


Segundo Villaraigosa, "recuperar o parque custará muito dinhero".

Cerca de 500 manifestantes decidiram desafiar a ordem de retirada, a partir da meia-noite de domingo.

"Não se pode despejar uma ideia, não se pode despejar um movimento", afirmou um porta-voz do grupo, acrescentando que uma das opções agora é mudar o acampamento de lugar.

Durante a noite, a polícia formou um perímetro em torno das principais ruas que levam ao parque ocupado pelos manifestantes.

As barracas, mais de 500, e sacos de dormir no centro de Los Angeles formavam uma das maiores manifestações dos "indignados", que se espalharam por todo os Estados Unidos nas últimas semanas contra a desigualdade social, logo após do início, em setembro, do "Occupy Wall Street", em Nova York.

Contudo, as manifestações começaram a diminuir devido às ações policiais, mas também por causa do frio no norte do país.

"À noite sentimos a dor de sermos despejados do que foi nossa casa por 60 dias", disse Mario Brito, um porta-voz do "Occupy Los Angeles", durante uma assembleia na manhã desta quarta-feira.

"Mas isso não se compara com a dor dos milhões de americanos que foram despejados de suas casas por causa da situação dos bancos", afirmou.

A prefeitura lembrou aos manifestantes que muitos sem-teto que se juntaram ao movimento têm à disposição um refúgio alternativo para passar a noite.

Paralelamente, na madrugada desta quarta-feira, na Filadélfia, uma operação parecida foi realizada para desocupar a praça no leste da cidade ocupada pelos manifestantes.

Policiais entraram no acampamento, desmontaram as barrascas e, de acordo com a imprensa local, prenderam mais de 50 pessoas que não queriam sair.

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Los Angeles - Ao menos 300 pessoas foram presas em Los Angeles e 50 outras na Filadélfia na madrugada desta quarta-feira quando policiais desmontaram os acampamentos anti-Wall Street. As autoridades elogiaram as operações pela ausência de confrontos com os manifestantes.

"Quase 300 pessoas foram presas com o uso mínimo da força", informou o prefeito de Los Angeles, Antonio Villaraigosa, durante coletiva de imprensa.

O político parabenizou a polícia "por evitar os confrontos que ocorreram em outras cidades" durante operações parecidas e disse estar "orgulhoso com o que foi o melhor momento da história" da instituição.

Tambiém felicitou os manifestantes por terem mantido um movimento pacífico.

Um pouco depois da meia-noite, uma centena de policiais da tropa de choque entraram no acampamento e começaram a desmontar as barracas no parque do centro da cidade californiana, enquanto outros policiais bloqueavam as ruas.

A polícia declarou que a área ocupada pelo movimento Occupy Los Angeles era um lugar de reunião ilegítimo.

"Muitos foram embora voluntariamente" quando demos a ordem, disse à AFP o porta-voz da polícia, Lorenzo Quezada, acrescentando que as autoridades logo começaram a limpar a praça.


Segundo Villaraigosa, "recuperar o parque custará muito dinhero".

Cerca de 500 manifestantes decidiram desafiar a ordem de retirada, a partir da meia-noite de domingo.

"Não se pode despejar uma ideia, não se pode despejar um movimento", afirmou um porta-voz do grupo, acrescentando que uma das opções agora é mudar o acampamento de lugar.

Durante a noite, a polícia formou um perímetro em torno das principais ruas que levam ao parque ocupado pelos manifestantes.

As barracas, mais de 500, e sacos de dormir no centro de Los Angeles formavam uma das maiores manifestações dos "indignados", que se espalharam por todo os Estados Unidos nas últimas semanas contra a desigualdade social, logo após do início, em setembro, do "Occupy Wall Street", em Nova York.

Contudo, as manifestações começaram a diminuir devido às ações policiais, mas também por causa do frio no norte do país.

"À noite sentimos a dor de sermos despejados do que foi nossa casa por 60 dias", disse Mario Brito, um porta-voz do "Occupy Los Angeles", durante uma assembleia na manhã desta quarta-feira.

"Mas isso não se compara com a dor dos milhões de americanos que foram despejados de suas casas por causa da situação dos bancos", afirmou.

A prefeitura lembrou aos manifestantes que muitos sem-teto que se juntaram ao movimento têm à disposição um refúgio alternativo para passar a noite.

Paralelamente, na madrugada desta quarta-feira, na Filadélfia, uma operação parecida foi realizada para desocupar a praça no leste da cidade ocupada pelos manifestantes.

Policiais entraram no acampamento, desmontaram as barrascas e, de acordo com a imprensa local, prenderam mais de 50 pessoas que não queriam sair.

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