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EUA e Israel pressionam Síria também na questão nuclear

Países se valeram de reunião da agência nuclear da ONU para pressionar o governo sírio a abrir o país para uma investigação sobre atividades atômicas

Manifestante anti-Assad: falta constante de cooperação da Síria com os inspetores da agência nuclear da ONU foi destacada pelos representantes de Israel e dos EUA na sessão a portas fechadas do conselho (Kevin Lamarque/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2013 às 14h55.

Viena - No momento em que a atenção internacional está focada na oferta da Síria de entregar as armas químicas, Estados Unidos e Israel se valeram de uma reunião da agência nuclear da ONU para pressionar o governo sírio a também abrir o país para uma investigação sobre atividades atômicas.

Embora o programa nuclear sírio não seja visto como motivo de alarme imediato, ao contrário dos estoques de gás venenoso do país, a falta constante de cooperação da Síria com os inspetores da agência nuclear da ONU foi destacada pelos representantes de Israel e dos EUA na sessão a portas fechadas do conselho de dirigentes do órgão, em Viena, segundo diplomatas.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) busca há tempos visitar uma instalação no deserto sírio que, segundo relatórios do setor de inteligência dos EUA, era um reator em fase inicial desenhado por norte-coreanos para a fabricação de plutônio usado em armas nucleares, até que Israel bombardeou o local, em 2007.

"A Síria é tão confiável no campo nuclear como no campo químico", disse na quinta-feira o embaixador de Israel, Ehud Azoulay, ao conselho de 35 pessoas que governa a AIEA, de acordo com uma cópia de seu discurso no encontro à qual a Reuters obteve acesso.

Um importante diplomata dos EUA disse que a Síria -- mergulhada em uma guerra civil que já matou mais de 100 mil pessoas desde 2011-- tem de permitir o acesso da AIEA a todas as instalações, materiais e pessoas relevantes à sua investigação, que já dura cinco anos.


"Até que a agência seja capaz de resolver todas as questões pendentes sobre a natureza exclusivamente pacífica do programa nuclear sírio, essa vai continuar sendo uma séria preocupação", acrescentou o embaixador dos EUA, Joseph Macmanus.

O representante da Síria na AIEA não estava disponível para comentar o assunto.

A Síria diz que a instalação em Deir al-Zor, no leste do país, é uma base militar convencional, mas a AIEA concluiu em 2011 que "muito provavelmente" ali havia um reator que deveria ter sido declarado a seus inspetores antiproliferação de armas nucleares.

Os inspetores da AIEA examinaram o local em junho de 2008, mas depois disso as autoridades sírias lhes barraram o acesso. Em fevereiro, fontes da oposição no leste da Síria disseram que os rebeldes tinham assumido o controle do local destruído, situado perto do rio Eufrates.

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Viena - No momento em que a atenção internacional está focada na oferta da Síria de entregar as armas químicas, Estados Unidos e Israel se valeram de uma reunião da agência nuclear da ONU para pressionar o governo sírio a também abrir o país para uma investigação sobre atividades atômicas.

Embora o programa nuclear sírio não seja visto como motivo de alarme imediato, ao contrário dos estoques de gás venenoso do país, a falta constante de cooperação da Síria com os inspetores da agência nuclear da ONU foi destacada pelos representantes de Israel e dos EUA na sessão a portas fechadas do conselho de dirigentes do órgão, em Viena, segundo diplomatas.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) busca há tempos visitar uma instalação no deserto sírio que, segundo relatórios do setor de inteligência dos EUA, era um reator em fase inicial desenhado por norte-coreanos para a fabricação de plutônio usado em armas nucleares, até que Israel bombardeou o local, em 2007.

"A Síria é tão confiável no campo nuclear como no campo químico", disse na quinta-feira o embaixador de Israel, Ehud Azoulay, ao conselho de 35 pessoas que governa a AIEA, de acordo com uma cópia de seu discurso no encontro à qual a Reuters obteve acesso.

Um importante diplomata dos EUA disse que a Síria -- mergulhada em uma guerra civil que já matou mais de 100 mil pessoas desde 2011-- tem de permitir o acesso da AIEA a todas as instalações, materiais e pessoas relevantes à sua investigação, que já dura cinco anos.


"Até que a agência seja capaz de resolver todas as questões pendentes sobre a natureza exclusivamente pacífica do programa nuclear sírio, essa vai continuar sendo uma séria preocupação", acrescentou o embaixador dos EUA, Joseph Macmanus.

O representante da Síria na AIEA não estava disponível para comentar o assunto.

A Síria diz que a instalação em Deir al-Zor, no leste do país, é uma base militar convencional, mas a AIEA concluiu em 2011 que "muito provavelmente" ali havia um reator que deveria ter sido declarado a seus inspetores antiproliferação de armas nucleares.

Os inspetores da AIEA examinaram o local em junho de 2008, mas depois disso as autoridades sírias lhes barraram o acesso. Em fevereiro, fontes da oposição no leste da Síria disseram que os rebeldes tinham assumido o controle do local destruído, situado perto do rio Eufrates.

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