Mundo

EUA e aliados querem ajuda de China e Rússia em crise coreana

A Casa Branca disse que Obama, em conversa por telefone com Hu, pediu a Pequim que colabore com os EUA

A conversa entre Obama e Hu ocorreu no mesmo dia em que a Coreia do Sul iniciou exercícios navais com munição real (Chip Somodevilla/Getty Images)

A conversa entre Obama e Hu ocorreu no mesmo dia em que a Coreia do Sul iniciou exercícios navais com munição real (Chip Somodevilla/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2010 às 21h55.

Washington/ Pequim - Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul pressionaram China e Rússia nesta segunda-feira a ajudarem a resolver as tensões na península da Coreia, enquanto o presidente chinês, Hu Jintao, alertava seu colega norte-americano, Barack Obama, para o risco de a situação "sair do controle."

Numa demonstração de apoio a Seul depois do bombardeio norte-coreano a uma ilha da Coreia do Sul, em 23 de novembro, o almirante Mike Mullen, chefe do Estado-Maior dos EUA, embarcará nesta noite para uma reunião com autoridades sul-coreanas.

Em Washington, a secretária de Estado Hillary Clinton abriu o que disse ser uma reunião "histórica" com os chanceleres do Japão e da Coreia do Sul, e disse que os três países compartilham graves preocupações com "os ataques provocativos da Coreia do Norte."

"Estamos comprometidos com os nossos parceiros e estamos comprometidos com a preservação da paz e da estabilidade no Nordeste da Ásia e na península coreana," disse Hillary.

O chanceler japonês Seiji Maehara disse, em comentários ecoados por seu colega sul-coreano, Kim Sung-hwan, que os três países esperam mais cooperação por parte de Pequim e Moscou, que não parecem tão dispostos a endurecer com Pyongyang.

"Vamos transformar esta reunião em uma que irá obter o firme envolvimento da China e da Rússia nos nossos esforços," disse Maehara.

A China não foi convidada para a reunião tripartite em Washington. Mas o trio deveria discutir uma proposta chinesa para a convocação de uma reunião regional de emergência sobre a crise.

A Casa Branca disse que Obama, em conversa por telefone com Hu, pediu a Pequim que colabore com os EUA e com outros governos para "enviar uma mensagem clara à Coreia do Norte de que suas provocações são inaceitáveis."

A conversa entre Obama e Hu ocorreu no mesmo dia em que a Coreia do Sul iniciou exercícios navais com munição real, e 13 dias após o bombardeio norte-coreano à ilha de Yeonpyeong.

"Especialmente com a presente situação, se não for tratada adequadamente, as tensões podem crescer na península da Coreia e escapar ao controle, o que não seria do interesse de ninguém," afirmou Hu, segundo nota da chancelaria chinesa.

Hu disse que a China "lamenta profundamente" as mortes no incidente, mas Pequim evitou citar culpados. "Precisamos atenuar (as tensões), não agravá-las; diálogo, não confronto; paz, não guerra," disse Hu a Obama.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaCoreia do SulEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Mundo

Legisladores democratas aumentam pressão para que Biden desista da reeleição

Entenda como seria o processo para substituir Joe Biden como candidato democrata

Chefe de campanha admite que Biden perdeu apoio, mas que continuará na disputa eleitoral

Biden anuncia que retomará seus eventos de campanha na próxima semana

Mais na Exame