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EUA denuncia crimes contra humanidade cometidos pela Rússia na Ucrânia

A vice-presidente Kamala Harris marcou presença na Conferência de Segurança de Munique. No evento, Harris comentou sobre os ataques russos generalizados contra a população civil

Kamala Harris: "Examinamos as evidências e não há dúvidas: são crimes contra a humanidade" (Bloomberg/Bloomberg)

Kamala Harris: "Examinamos as evidências e não há dúvidas: são crimes contra a humanidade" (Bloomberg/Bloomberg)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 18 de fevereiro de 2023 às 14h58.

Última atualização em 18 de fevereiro de 2023 às 14h59.

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, afirmou que os Estados Unidos determinaram formalmente que a Rússia cometeu crimes contra a humanidade durante a guerra na Ucrânia. "Forças russas propagaram um ataque sistêmico contra a população civil com atos horríveis, com assassinatos, tortura, estupro, deportação, execuções, espancamentos e eletrocussão", disse Harris durante a Conferência de Segurança de Munique. "Examinamos as evidências, sabemos as normas legais e não há dúvidas: são crimes contra a humanidade", completou ela, sob aplausos dos funcionários reunidos.

No evento, Harris acusou os russos de "ataque generalizado e sistêmico contra uma população civil" citando exemplos como as mortes de civis em um teatro de Mariupol, ataques a uma maternidade, deportações em massa de crianças ucranianas e evidências de estupro e tortura. A vice-presidente dos EUA disse que as pessoas que cometeram crimes de guerra serão responsabilizadas.

O presidente Biden já havia acusado o presidente russo, Vladimir Putin, de cometer crimes de guerra na Ucrânia, exigindo que ele fosse julgado como criminoso, depois que surgiram revelações sobre as atrocidades cometidas por soldados russos em Bucha. Biden também disse que Putin não pode permanecer no poder.

Na conferência em Munique, Harris afirmou que os Estados Unidos devem continuar a oferecer suporte à Ucrânia e espera o mesmo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que agora está "mais forte do que nunca". "A América vai continuar sua liderança na defesa da dignidade humana, das regras, das normas e da liberdade. Há muito em jogo", afirmou.

A vice-presidente dos Estados Unidos também reforçou que os EUA estão preocupados com o fato de a China ter aprofundado seu relacionamento com a Rússia no ano passado. Ela acrescentou que qualquer passo chinês para fornecer apoio a Moscou minará um relacionamento baseado em regras.

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