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Estudo de Harvard indica que covid-19 já circulava na China em agosto

Os pesquisadores utilizaram imagens de satélite para monitorar o tráfego em seis hospitais de Wuhan, primeiro epicentro mundial da pandemia

China: cidade de Wuhan foi o primeiro epicentro mundial do coronavírus (Aly Song/Reuters)

China: cidade de Wuhan foi o primeiro epicentro mundial do coronavírus (Aly Song/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de junho de 2020 às 20h30.

Última atualização em 9 de junho de 2020 às 21h29.

Um estudo publicado ontem (8) por pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard (HMS, na sigla em inglês) indica que o Sars-Cov-2, o vírus causador da covid-19, circulava na China em agosto de 2019, quatro meses antes do primeiro caso ser reportado à Organização Mundial da Saúde.

Os pesquisadores utilizaram imagens de satélite para monitorar o tráfego em seis hospitais de Wuhan, primeiro epicentro mundial da pandemia, e com isso descobriram que houve um aumento significativo de entradas nesses hospitais a partir de agosto, com um pico a partir de dezembro, quando teve início a pandemia.

O estudo da HMS também analisou buscas pelas palavras "tosse" e "diarreia" - dois sintomas comuns da covid-19 - na ferramenta chinesa de pesquisa Baidu entre abril de 2017 e maio de 2020, constatando um aumento na busca pelos termos entre setembro e outubro de 2019.

"Ainda que não possamos confirmar se os números estão diretamente relacionados com o novo coronavírus, nossa evidência apoia outros trabalhos recentes que mostram que a circulação do vírus ocorria antes da sua identificação em um mercado de frutos do mar em Huanan", relatam os pesquisadores.

Capital da Índia, Nova Delhi é também - junto com Mumbai - a cidade mais atingida pela covid-19 no país. Segundo o vice-ministro do Estado de Delhi, Manish Sisodia, o município deve registrar mais de 500 mil casos até o fim de julho, número que o sistema de saúde de Nova Delhi não é capaz de suportar. Segundo os dados do governo indiano, 259.126 pessoas foram infectadas pela novo coronavírus no país - deste total 129.813 são casos ativos. Houve, ainda, 7.471 mortes provocadas pela covid-19.

Na Europa, o Reino Unido reportou hoje (9) 286 óbitos em decorrência da pandemia, elevando o total a 40.883. O governo britânico também acrescentou mais 1.387 novas infecções à contagem que agora chega a 289.140 pessoas. Lojas que comercializam produtos não-essenciais poderão reabrir com restrições no Reino Unido a partir do dia 15 deste mês, segundo anunciou o secretário de Negócios Alok Sharma.

Na Alemanha, os números permanecem estáveis à medida que o Instituto Robert Koch registrou 350 casos e 37 óbitos nas últimas 24 horas. Ao todo, 184.543 contraíram o novo coronavírus e 8.711 foram vítimas fatais da doença.

Já distante de seu período de maior contágio, a Espanha informou nesta terça-feira que 50 pessoas morreram no país por causa da covid-19 nos últimos sete dias.

Os dados oficiais do governo espanhol registram 241.966 infectados e 27.136 óbitos ao longo da pandemia. A quarentena na Espanha está marcada para acabar no dia 21 de junho. Segundo afirmou o governo local, mesmo após o lockdown, será necessário o uso de máscaras em todas as cidades do país.

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