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Estudantes de Hong Kong convocam referendo e discutem futuro

Decisão foi tomada depois do histórico, mas infrutífero diálogo entre os estudantes e o governo esta semana

Ativistas pró-democracia de Hong Kong no distrito de Mongkok: estudantes convocaram um referendo sobre o futuro dos protestos (Nicolas Asfouri/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2014 às 09h07.

Hong Kong - Os líderes do movimento pró-democracia de Hong Kong convocaram uma consulta entre os manifestantes no domingo para decidir se devem aceitar as propostas que o governo apresentou na terça-feira para seguir adiante com a negociação sobre uma possível reforma eleitoral.

A informação foi dada pelo secretário da Federação de Estudantes, Alex Chow, junto de Benny Tai, um dos co-fundadores de Occupy Central - dois dos grupos que lideram os protestos, para a multidão concentrada na noite de quinta-feira no bairro de Admiralty, em frente à sede do Executivo de Hong Kong.

A decisão foi tomada depois do histórico, mas infrutífero diálogo entre os estudantes e a administração esta semana. Os manifestantes continuam acampados em três pontos da cidade já há quase um mês.

Os organizadores dos protestos definiram a votação popular como um exercício democrático que buscará conhecer a opinião dos manifestantes sobre que direção as negociações com o governo devem tomar, mas que não implica uma retirada imediata das zonas de protesto.

A votação, que será aberta ao público, acontecerá domingo à noite na área ocupada pelos manifestantes do distrito de Admiralty, no centro financeiro da cidade, e de onde os protestos são dirigidos desde 28 de setembro.

Os manifestantes defenderam que, embora o voto no referendo represente um aval popular, insistiram que é o governo que tem que oferecer uma solução para a situação, a reivindicação de eleições democráticas em 2017.

Durante o primeiro diálogo entre estudantes e o governo na terça-feira, a secretária em Chefe do Executivo, Carrie Lam, ofereceu aos estudantes a possibilidade de enviar um relatório ao governo chinês que refletisse a opinião deles sobre a reforma eleitoral elaborada pela Assembleia Nacional Popular (ANP) para Hong Kong, na qual se restringe a livre escolha de candidatos ao governo da cidade para as eleições de 2017.

Lam avaliou a possibilidade de criação de uma plataforma na qual diferentes setores sociais da cidade, incluídos os estudantes, pudessem participar do desenvolvimento de uma possível reforma constitucional de longo prazo para Hong Kong.

A Federação dos Estudantes rejeitou em primeira instância as ofertas do governo por considerar que não tinham poder vinculativo para reverter a decisão da ANP, tomada em agosto, e por não abordarem a situação eleitoral de 2017.

Estudantes e governo se reuniram três semanas depois do início da maior campanha de desobediência civil a favor de mais liberdades democráticas para Hong Kong.

Os três pontos tomados por ativistas pró-democráticos amanheceram hoje com manifestantes nas ruas, no 27º dia do movimento.

No distrito de Mong Kok grupos de manifestantes reforçaram barricadas durante a noite depois de algumas trincheiras terem sido retiradas por opositores ao movimento durante os confrontos de quinta-feira.

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A decisão foi tomada depois do histórico, mas infrutífero diálogo entre os estudantes e a administração esta semana. Os manifestantes continuam acampados em três pontos da cidade já há quase um mês.

Os organizadores dos protestos definiram a votação popular como um exercício democrático que buscará conhecer a opinião dos manifestantes sobre que direção as negociações com o governo devem tomar, mas que não implica uma retirada imediata das zonas de protesto.

A votação, que será aberta ao público, acontecerá domingo à noite na área ocupada pelos manifestantes do distrito de Admiralty, no centro financeiro da cidade, e de onde os protestos são dirigidos desde 28 de setembro.

Os manifestantes defenderam que, embora o voto no referendo represente um aval popular, insistiram que é o governo que tem que oferecer uma solução para a situação, a reivindicação de eleições democráticas em 2017.

Durante o primeiro diálogo entre estudantes e o governo na terça-feira, a secretária em Chefe do Executivo, Carrie Lam, ofereceu aos estudantes a possibilidade de enviar um relatório ao governo chinês que refletisse a opinião deles sobre a reforma eleitoral elaborada pela Assembleia Nacional Popular (ANP) para Hong Kong, na qual se restringe a livre escolha de candidatos ao governo da cidade para as eleições de 2017.

Lam avaliou a possibilidade de criação de uma plataforma na qual diferentes setores sociais da cidade, incluídos os estudantes, pudessem participar do desenvolvimento de uma possível reforma constitucional de longo prazo para Hong Kong.

A Federação dos Estudantes rejeitou em primeira instância as ofertas do governo por considerar que não tinham poder vinculativo para reverter a decisão da ANP, tomada em agosto, e por não abordarem a situação eleitoral de 2017.

Estudantes e governo se reuniram três semanas depois do início da maior campanha de desobediência civil a favor de mais liberdades democráticas para Hong Kong.

Os três pontos tomados por ativistas pró-democráticos amanheceram hoje com manifestantes nas ruas, no 27º dia do movimento.

No distrito de Mong Kok grupos de manifestantes reforçaram barricadas durante a noite depois de algumas trincheiras terem sido retiradas por opositores ao movimento durante os confrontos de quinta-feira.

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