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Estudantes chilenos aceitam dialogar com governo

Os estudantes resolveram não voltar às aulas, paralisadas em alguns colégios e universidades do Chile há quase cinco meses

Porta-voz do Governo, Andrés Chadwick, assegurou, por sua vez, que "o ânimo do presidente é muito positivo para a reunião com os estudantes" (AFP)

Porta-voz do Governo, Andrés Chadwick, assegurou, por sua vez, que "o ânimo do presidente é muito positivo para a reunião com os estudantes" (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2011 às 23h59.

Santiago - A Confederação de Estudantes do Chile (Confech) aceitou nesta terça-feira iniciar o diálogo com o governo chileno, após quase cinco meses de protestos por um ensino público de qualidade e gratuito, mas os alunos não voltarão às aulas para manter a pressão.

"Seremos parte deste espaço (de diálogo) para continuar com nossa luta constante pela gratuidade do ensino chileno e sua democratização, eixos para se construir um sistema público de qualidade", disse o líder estudantil Georgio Jackson em entrevista coletiva.

Os estudantes resolveram não voltar às aulas, paralisadas em alguns colégios e universidades do Chile há quase cinco meses, apesar de ser uma das exigências do governo para a retomada das negociações.

"O início deste diálogo não condiciona nossa forma de mobilização. A volta às aulas dependerá da vontade do governo para responder efetivamente às demandas do movimento e às determinações de cada comunidade educativa", destacou a líder estudantil Camila Vallejo.

A instalação da mesa de diálogo foi possível após o governo flexibilizar, neste final de semana, sua posição sobre algumas exigências dos estudantes, como retirar o caráter de urgência à tramitação de dois projetos de lei sobre educação enviados ao Congresso sem o aval do movimento estudantil.

O governo já havia aceitado deixar o diálogo mais transparente com a elaboração de atas das reuniões e a fiscalizar com maior rigor as contas das universidades particulares.

Os protestos estudantis começaram no início de maio, para exigir uma educação pública gratuita e de qualidade em um país com um sistema muito segregado, produto das reformas impostas pela ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

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