Estes são os regimes autoritários que ainda existem no mundo
34% da população mundial vive em um país no qual vigora um regime autoritário, aponta levantamento do Índice da Democracia. Veja aqui quais são esses países
Gabriela Ruic
Publicado em 14 de outubro de 2018 às 06h00.
Última atualização em 14 de outubro de 2018 às 09h49.
São Paulo - 34% da população mundial vive em um país no qual vigora um regime autoritário . Atualmente, os governos de 52 países são classificados dessa maneira. É o que mostra o estudo Índice da Democracia, pesquisa conduzida pela Economist Intelligence Unit e que monitora a situação da democracia mundo afora.
A Venezuela é um exemplo. Até 2016 o país era considerado um “regime híbrido” na classificação da pesquisa, ou seja, ainda exibia alguns resquícios da democracia, em 2017 foi reclassificado para “regime autoritário”. Isso, explica a pesquisa, se deu em razão do agravamento da crise no país de Nicolás Maduro, como a perseguição contra a oposição, que observou muitos de seus líderes serem presos, e a repressão de manifestantes que foram às ruas protestar pela saída do chavista do poder. Outro país da América Latina nessa categoria é Cuba.
A pesquisa é conduzida desde 2008. Na sua edição mais recente, publicada no início de 2018, 165 países e territórios foram avaliados de acordo com cinco categorias: cinco categorias: processo eleitoral e pluralismo, liberdades civis, funcionamento do governo, participação política e cultura política. A partir da pontuação obtida por um lugar, ele é classificado entre “democracia total”, “democracia defeituosa”, “regime híbrido” e “regime autoritário”. Quanto mais próxima de zero for a pontuação, mais autoritário é o regime.
Globalmente, outros países que o estudo encaixa nessa categoria são Rússia , China , Coreia do Norte , Síria, Irã e Arábia Saudita. Veja no mapa abaixo:
O estudo define um regime autoritário como sendo aqueles nos quais “o pluralismo político estatal está ausente ou circunscrito. Muitos países nesta categoria são ditaduras. Algumas instituições formais da democracia podem existir, mas essas têm pouca substância. As eleições, se ocorrerem, não são livres e justas. Há desrespeito, abusos e violações das liberdades civis. A mídia é tipicamente pertencente ao estado ou controlada por grupos ligados ao regime dominante. Há repressão das críticas ao governo e nota-se a censura generalizada. Não há judiciário independente.”