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Estados Unidos: Yellen defende redução de tensões com China, mas diz ser prematuro corte de tarifas

Secretária do Tesouro norte-americana viajou ao país asiático na última semana para conhecer as lideranças econômicas da região

Yellen deu uma entrevista coletiva à imprensa em Gandhinagar, na Índia, onde se reúne com ministros das finanças do G20 (AFP/AFP)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 16 de julho de 2023 às 15h36.

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, afirmou que o país deve procurar maneiras de diminuir as tensões com a China, mas ainda considera prematuro eliminar as tarifas impostas pelo governo do ex-presidente Donald Trump.

Yellen deu uma entrevista coletiva à imprensa em Gandhinagar, na Índia, onde se reúne com ministros das finanças do G20 para discutir os desafios econômicos globais.

"Seria útil procurar maneiras de diminuir a escalada (da tensão com a China) ao longo do tempo", disse. "Talvez, com o tempo, esta seja uma área em que podemos fazer progressos, mas diria que é prematuro usar esse recurso (tarifas) como um alívio, pelo menos por enquanto".

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Yellen viajou à China na última semana para conhecer as lideranças econômicas do país. Segundo ela, nas reuniões com os executivos, enfatizou a importância dos dois países "trabalharem juntos para os desafios globais" e se disse ansiosa para mobilizar mais ações junto ao gigante asiático. "Ainda há muito trabalho a se fazer, mas eu acredito que essa viagem foi um bom começo", ressaltou.

Desaceleração da economia chinesa

Em relação à desaceleração na recuperação econômica chinesa, Yellen afirmou que também abordou esse tema na visita a Pequim e acrescentou que os Estados Unidos seguem observando esses movimentos do país. "A China é um importador substancial de muitos países ao redor do mundo, então quando o crescimento chinês desacelera, isso tem um impacto em muitos países", disse.

Para o encontro do G20, que segue nesta segunda e terça-feira, Yellen pontuou quatro prioridades que estarão no foco: a preocupação com os mercados emergentes nos países em desenvolvimento, a evolução dos bancos multilaterais em desenvolvimento, o auxílio à Ucrânia e o acordo fiscal global.

Os EUA querem, entre outras pautas, ampliar a atuação de bancos de desenvolvimento multilateral (MDBs, na sigla em inglês) para promover suporte financeiro e técnico a países em desenvolvimento e ajudá-los a lidar melhor com desafios globais. "Estimamos que os MDBs como um sistema podem desbloquear US$ 200 bilhões na próxima década com as medidas já implementadas ou em deliberação", estimou a secretária do Tesouro norte-americano.

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