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Estados Unidos vão reavaliar seu apoio a Israel na ONU

A Casa Branca advertiu que pretende "reavaliar" seu apoio diplomático a Israel na ON, após declarações do premiê israelense

Premiê Benjamin Netanyahu: funcionários americanos disseram que Netanyahu precisa provar compromisso em negociar solução com a Palestina (Gali Tibbon/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de março de 2015 às 22h19.

A Casa Branca advertiu nesta quinta-feira que pretende "reavaliar" seu apoio diplomático a Israel na ONU , embora o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tenha negado descartar a solução de dois Estados no conflito com os palestinos.

Apesar do recuo de Netanyahu sobre um tema que foi promessa de campanha, funcionários americanos disseram que o líder veterano de Israel ainda precisa provar seu compromisso em negociar a solução de dois Estados, um israelense e outro palestino.

Diante da inicial negativa explícita do premiê reeleito à possibilidade de um Estado palestino, em promessa de última hora durante sua campanha, o porta-voz da Casa Branca, John Earnest, reagiu afirmando que o governo americano reavaliaria sua postura no Conselho de Segurança da ONU.

Uma eventual mudança da posição de Washington no Conselho de Segurança da ONU, onde Israel conta historicamente com o apoio americano, poderia permitir a adoção de um resolução sobre uma solução de dois Estados com base nas fronteiras anteriores a 1967.

"As decisões tomadas pelos Estados Unidos nas Nações Unidos eram baseadas nesta ideia de uma solução de dois Estados", declarou Josh Earnest, porta-voz do presidente Barack Obama.

"Agora que o nosso aliado (Israel) diz que não está mais engajado neste caminho (...) isto significa que devemos reavaliar nossa posição a este respeito e é isso que nós iremos fazer", acrescentou, indicando que nenhuma decisão foi tomada ainda.

O compromisso com uma solução de dois Estados "é a pedra angular da política americana em relação a esta região", insistiu Earnest, considerando que, na medida em que este fundamento foi "erodido", as decisões políticas dos Estados Unidos nos diferentes organismos multilaterais, entre eles as Nações Unidas, devem ser reexaminadas.

Na noite desta quinta-feira, o presidente americano, Barack Obama, telefonou para o premiê israelense para parabenizá-lo pela vitória nas eleições legislativas, após uma campanha que azedou as relações entre os dois aliados.

Obama falou com o líder israelense "para cumprimentá-lo pelo sucesso de seu partido em conquistar uma pluralidade de assentos na Knesset [Parlamento]", informou o Conselho de Segurança Nacional.

Durante a ligação, Obama destacou a "profunda e duradoura aliança" com Israel.

Membro com direito a veto no Conselho de Segurança, os Estados Unidos se opõem com frequência a que a ONU reconheça um Estado palestino, afirmando que isto deve ser feito como parte de um acordo de paz negociado.

Também tem protegido Israel na ONU de votos que buscam punir o Estado hebreu por várias ações, entre elas supostas violações aos direitos humanos.

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A Casa Branca advertiu nesta quinta-feira que pretende "reavaliar" seu apoio diplomático a Israel na ONU , embora o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tenha negado descartar a solução de dois Estados no conflito com os palestinos.

Apesar do recuo de Netanyahu sobre um tema que foi promessa de campanha, funcionários americanos disseram que o líder veterano de Israel ainda precisa provar seu compromisso em negociar a solução de dois Estados, um israelense e outro palestino.

Diante da inicial negativa explícita do premiê reeleito à possibilidade de um Estado palestino, em promessa de última hora durante sua campanha, o porta-voz da Casa Branca, John Earnest, reagiu afirmando que o governo americano reavaliaria sua postura no Conselho de Segurança da ONU.

Uma eventual mudança da posição de Washington no Conselho de Segurança da ONU, onde Israel conta historicamente com o apoio americano, poderia permitir a adoção de um resolução sobre uma solução de dois Estados com base nas fronteiras anteriores a 1967.

"As decisões tomadas pelos Estados Unidos nas Nações Unidos eram baseadas nesta ideia de uma solução de dois Estados", declarou Josh Earnest, porta-voz do presidente Barack Obama.

"Agora que o nosso aliado (Israel) diz que não está mais engajado neste caminho (...) isto significa que devemos reavaliar nossa posição a este respeito e é isso que nós iremos fazer", acrescentou, indicando que nenhuma decisão foi tomada ainda.

O compromisso com uma solução de dois Estados "é a pedra angular da política americana em relação a esta região", insistiu Earnest, considerando que, na medida em que este fundamento foi "erodido", as decisões políticas dos Estados Unidos nos diferentes organismos multilaterais, entre eles as Nações Unidas, devem ser reexaminadas.

Na noite desta quinta-feira, o presidente americano, Barack Obama, telefonou para o premiê israelense para parabenizá-lo pela vitória nas eleições legislativas, após uma campanha que azedou as relações entre os dois aliados.

Obama falou com o líder israelense "para cumprimentá-lo pelo sucesso de seu partido em conquistar uma pluralidade de assentos na Knesset [Parlamento]", informou o Conselho de Segurança Nacional.

Durante a ligação, Obama destacou a "profunda e duradoura aliança" com Israel.

Membro com direito a veto no Conselho de Segurança, os Estados Unidos se opõem com frequência a que a ONU reconheça um Estado palestino, afirmando que isto deve ser feito como parte de um acordo de paz negociado.

Também tem protegido Israel na ONU de votos que buscam punir o Estado hebreu por várias ações, entre elas supostas violações aos direitos humanos.

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