Mundo

Estado Islâmico confirma presença nas Filipinas

No vídeo, de mais de 20 minutos, aparecem também militantes filipinos, indonésios e malaios pedindo a seus compatriotas que se unam ao Estado Islâmico


	Estado Islâmico: "Se não podem ir até Síria, unam-se aos mujahedins das Filipinas", afirma um dos terroristas
 (Reuters)

Estado Islâmico: "Se não podem ir até Síria, unam-se aos mujahedins das Filipinas", afirma um dos terroristas (Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2016 às 11h12.

Manila - O Estado Islâmico confirmou sua presença no sul das Filipinas em um primeiro vídeo oficial no qual quatro facções diferentes não identificadas juram lealdade à organização, informou nesta quarta-feira o grupo especializado em terrorismo jihadista SITE.

No vídeo, de mais de 20 minutos e que foi divulgado em várias páginas de internet, aparecem também militantes filipinos, indonésios e malaios pedindo a seus compatriotas que se unam ao Estado Islâmico e realizem ataques sozinho.

"Se não podem ir até Síria, unam-se aos mujahedins das Filipinas", afirma um dos terroristas nas imagens, segundo disse a diretora do SITE, Rita Katz, através do Twitter.

O vídeo mostra, além disso, a decapitação simultânea de três homens que não foram identificados no que aparenta ser Síria ou Iraque.

"Seguiremos lutando e fazendo a guerra. Aterrorizando. Colocando medo em vossos corações", diz em inglês um dos executores.

Katz indicou na mesma rede social que "o vídeo do Estado Islâmico nas Filipinas não é nenhuma surpresa" e ressaltou que a milícia jihadista "já disse em várias ocasiões ter uma rede no país, a primeira vez em agosto de 2014".

O grupo radical Abu Sayyaf, a formação rebelde mais violenta das Filipinas, se declarou seguidor do Estado Islâmico e afirmou fazer parte dessa organização em numerosa ocasiões.

No entanto, as autoridades filipinas negaram repetidamente que Abu Sayyaf tenha qualquer tipo de conexão com o Estado Islâmico e atribuem a reivindicação do vinculo a fins propagandísticos.

Abu Sayyaf decapitou nos últimos dois meses dois cidadãos canadenses, John Ridsdel e Robert Hall, ao não receber o resgate no prazo exigido.

Além disso, o grupo ameaça matar um dos dois reféns que sequestrou junto a Ridsdel e Hall, o norueguês Kjartan Sekkingstad e a filipina Marites Flor.

Abu Sayyaf foi criado em 1991 por um punhado de ex-combatentes da guerra do Afeganistão contra a União Soviética e a ele são atribuídos alguns dos atentados mais sangrentos dos últimos anos nas Filipinas.

O grupo recorre aos sequestros para se financiar e atualmente retém, além do cidadão norueguês e da filipina, um japonês e um holandês.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEstado IslâmicoFilipinasTerrorismo

Mais de Mundo

Blinken garante que Israel aceitou última proposta de acordo sobre Gaza

Manifestantes chamam Biden de 'genocida' na porta da Convenção Democrata

Na semana da convenção democrata, Trump se lança em 'contraofensiva' em estados decisivos nos EUA

George Santos se declara culpado em acusações de fraude para evitar julgamento nos EUA

Mais na Exame