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Esposa escreve carta para marinheiro do submarino desaparecido

A mulher roga pelo retorno de seu marido, de 35 anos, e pai de seu bebê de um ano, Stefano, que durante a sua ausência aprendeu a dizer "papai"

Submarino desaparecido: "Aqui cada dia ficar mais difícil. Há momentos de esperança e outros de muita angústia" (Marcos Brindicci/Reuters)

Submarino desaparecido: "Aqui cada dia ficar mais difícil. Há momentos de esperança e outros de muita angústia" (Marcos Brindicci/Reuters)

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AFP

Publicado em 22 de novembro de 2017 às 21h59.

"Hoje tem que ser esse dia (do resgate)", ilude-se Jessica Gopar em uma emocionante carta a seu marido, Fernando Santilli, um dos 44 tripulantes a bordo do "ARA San Juan", o submarino argentino desaparecido no Atlântico Sul.

A mulher roga pelo retorno de seu marido, de 35 anos, e pai de seu bebê de um ano, Stefano, que durante a sua ausência aprendeu a dizer "papai", segundo conta em uma carta dirigida "A Fernando", e que publicou no Facebook.

"Olá Fernando. Não sei o que estará passando em sua calma, ou em seu desespero. Aqui cada dia ficar mais difícil. Há momentos de esperança e outros de muita angústia", descreve Jessica na carta a seu marido.

Fotos do casal sorridente e do cabo Santilli junto com o menino ilustram a página de "Jessica Jeko Gopar".

"Há muita gente orando, rezando por vocês, não imaginam o quanto. Stefano aprendeu a dizer papai", conta.

"Então chame, filho, assim ele vem", acrescenta a mulher.

Originário de Mendoza, uma província próxima à Cordilha dos Andes, cerca de mil quilômetros a oeste de Buenos Aires, Santilli escolheu se mudar com sua família para a cidade portuária de Mar del Plata (400 quilômetros ao sul da capital) para entrar na Armada, seguindo os passos de um tio.

"Estou acompanhada, protegida pela família, seus companheiros, conhecidos e amigos. Não há um momento em que eu não reze para que os resgatem. Hoje tem que ser esse dia", continua a emotiva mensagem.

Termina rogando por um milagre a Deus, mas também ao "senhor comandante" do submarino, o capitão de fragata Pedro Martín Fernández, a quem "implora que faça o impossível para que saia à superfície".

"Há 44 vidas em suas mãos, você decide. Deus fará um milagre. Te espero, meu amor. Nos vemos logo", sentencia Jessica, cheia de esperança.

Na segunda-feira a mulher havia tuitado: "é difícil, desalentador em alguns momentos, mas vocês têm que encontrá-los. Deus está me colocando em uma prova de fé muito grande".

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