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Especulações apontam Soros por trás de protestos em Wall Street

O investidor George Soros pode ser a pessoa por trás do financiamento da manifestação que se espalhou em diversas cidades nos Estados Unidos

Críticos conservadores argumentam que o movimento é um Cavalo de Troia para uma intenção secreta de Soros (Spencer Platt/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2011 às 14h03.

Nova York - Os manifestantes anti-Wall Street alegam que os ricos estão se tornando mais ricos enquanto o norte-americano comum sofre, mas o grupo que começou os protestos pode ter se beneficiado indiretamente de um dos homens mais ricos do mundo.

Há bastante especulação sobre quem está financiando o protesto, que se espalhou para outras cidades dos Estados Unidos e já dura quase quatro semanas. Um nome que constantemente aparece é o do investidor George Soros , que estreou em setembro na lista dos dez norte-americanos mais riscos. Críticos conservadores argumentam que o movimento é um Cavalo de Troia para uma intenção secreta de Soros.

Soros e os manifestantes negam qualquer ligação. Mas a Reuters encontrou ligações financeiras indiretas entre Soros e a Adbusters, grupo anticapitalista no Canadá que iniciou os protestos com uma campanha de marketing que visava provocar uma revolta no estilo da Primavera Árabe contra Wall Street. Além disso, Soros e os manifestantes compartilham algumas ideologias.

"Eu posso entender o sentimento deles", disse Soros a repórteres na semana passada na Organização das Nações Unidas sobre as manifestações Ocupem Wall Street, que devem desencadear marchas de solidariedade ao redor do globo no sábado.

Pressionado por suas visões sobre o movimento e os manifestantes, Soros se recusou a ser incluído nele, mas o apresentador de rádio Rush Limbaugh resumiu as especulações ao dizer aos ouvintes na semana passada que "o dinheiro de George Soros está por trás disso".

Soros, de 81 anos, está na sétima posição na lista da Forbes dos 400 mais ricos, com fortuna de 22 bilhões de dólares, que aumentou nos últimos anos por causa de sua hábil resposta às turbulências no mercado financeiro. Ele prometeu doar toda sua riqueza, sendo metade enquanto ainda está a acumulando e o restante quando morrer.

Assim como os manifestantes, ele não é fã dos resgates bancários de 2008 e subsequente compra pelo governo dos ativos hipotecários subprime tóxicos que se acumularam na bolha imobiliária.

Os manifestantes afirmam que os resgates bancários de Wall Street em 2008 deixaram os bancos com grandes lucros, enquanto os norte-americanos comuns sofreram com desemprego elevado e insegurança de emprego, com pouca ajuda de Washington.


Em 2009, Soros escreveu um editorial afirmando que a compra de ativos tóxicos de bancos daria "um suporte de vida artificial para os bancos a um custo considerável para o contribuinte" e insistiu que o governo Obama tomasse uma ação mais corajosa, recapitalizando ou nacionalizando os bancos e os forçando a emprestar a juros atrativos.

Soros há tempos apoia causas liberais por meio do Instituto Sociedade Aberta que, segundo documentos de 2007 a 2009, concedeu doações de 3,5 milhões de dólares ao Centro Tides, grupo baseado em San Francisco que age como uma câmara de compensações para outros doadores. Documentos também mostram que o Tides concedeu doações de 185 mil dólares ao Adbusters, de 2001 a 2010, incluindo quase 26 mil dólares entre 2007 e 2009.

Assistentes de Soros afirmam que qualquer ligação é tênue e que Soros nunca ouviu falar dos Adbusters. O próprio Soros nega os comentários.

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Nova York - Os manifestantes anti-Wall Street alegam que os ricos estão se tornando mais ricos enquanto o norte-americano comum sofre, mas o grupo que começou os protestos pode ter se beneficiado indiretamente de um dos homens mais ricos do mundo.

Há bastante especulação sobre quem está financiando o protesto, que se espalhou para outras cidades dos Estados Unidos e já dura quase quatro semanas. Um nome que constantemente aparece é o do investidor George Soros , que estreou em setembro na lista dos dez norte-americanos mais riscos. Críticos conservadores argumentam que o movimento é um Cavalo de Troia para uma intenção secreta de Soros.

Soros e os manifestantes negam qualquer ligação. Mas a Reuters encontrou ligações financeiras indiretas entre Soros e a Adbusters, grupo anticapitalista no Canadá que iniciou os protestos com uma campanha de marketing que visava provocar uma revolta no estilo da Primavera Árabe contra Wall Street. Além disso, Soros e os manifestantes compartilham algumas ideologias.

"Eu posso entender o sentimento deles", disse Soros a repórteres na semana passada na Organização das Nações Unidas sobre as manifestações Ocupem Wall Street, que devem desencadear marchas de solidariedade ao redor do globo no sábado.

Pressionado por suas visões sobre o movimento e os manifestantes, Soros se recusou a ser incluído nele, mas o apresentador de rádio Rush Limbaugh resumiu as especulações ao dizer aos ouvintes na semana passada que "o dinheiro de George Soros está por trás disso".

Soros, de 81 anos, está na sétima posição na lista da Forbes dos 400 mais ricos, com fortuna de 22 bilhões de dólares, que aumentou nos últimos anos por causa de sua hábil resposta às turbulências no mercado financeiro. Ele prometeu doar toda sua riqueza, sendo metade enquanto ainda está a acumulando e o restante quando morrer.

Assim como os manifestantes, ele não é fã dos resgates bancários de 2008 e subsequente compra pelo governo dos ativos hipotecários subprime tóxicos que se acumularam na bolha imobiliária.

Os manifestantes afirmam que os resgates bancários de Wall Street em 2008 deixaram os bancos com grandes lucros, enquanto os norte-americanos comuns sofreram com desemprego elevado e insegurança de emprego, com pouca ajuda de Washington.


Em 2009, Soros escreveu um editorial afirmando que a compra de ativos tóxicos de bancos daria "um suporte de vida artificial para os bancos a um custo considerável para o contribuinte" e insistiu que o governo Obama tomasse uma ação mais corajosa, recapitalizando ou nacionalizando os bancos e os forçando a emprestar a juros atrativos.

Soros há tempos apoia causas liberais por meio do Instituto Sociedade Aberta que, segundo documentos de 2007 a 2009, concedeu doações de 3,5 milhões de dólares ao Centro Tides, grupo baseado em San Francisco que age como uma câmara de compensações para outros doadores. Documentos também mostram que o Tides concedeu doações de 185 mil dólares ao Adbusters, de 2001 a 2010, incluindo quase 26 mil dólares entre 2007 e 2009.

Assistentes de Soros afirmam que qualquer ligação é tênue e que Soros nunca ouviu falar dos Adbusters. O próprio Soros nega os comentários.

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