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Espanhóis prostestam na cidade de Málaga por conta do turismo em masa e valor das moradias

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a província tem 39.000 casas de uso turístico, o maior número do país

Manifestação contra o turismo de massa e os preços da habitação em Málaga em 29 de junho de 2024 (AFP/AFP)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 29 de junho de 2024 às 15h48.

Milhares de pessoas protestaram neste sábado, 29, nas cidades andaluzas de Málaga e Cádiz, no protesto mais recente na Espanha contra o turismo de massas, que os manifestantes culpam pela falta de moradia acessível.

Sob o lema “Málaga para viver, não para sobreviver”, o protesto nesta cidade de 570 mil habitantes foi convocado por cinquenta associações locais.

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Com faixas que diziam “Proibição de habitação turística”, ou “Salário 1.300, aluguel 1.100, como viver?”, os manifestantes percorreram o centro histórico desta cidade andaluza à beira-mar, onde Picasso nasceu em 1881 em uma casa que constitui uma das suas principais atrações turísticas.

“A cidade tornou-se um parque de atrações”, explicou Quique, um manifestante de 26 anos, à AFP, lamentando que “as casas turísticas tenham substituído de forma irregular as casas habituais”.

Málaga é a província da Espanha com maior número de casas para uso turístico, 39.000, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A cidade tornou-se muito popular entre turistas e trabalhadores estrangeiros expatriados graças às suas dezenas de praias e a uma oferta cultural que tem Picasso como principal ímã.

A província de Málaga recebeu 8,3 milhões de visitantes em 2022, segundo dados do governo regional andaluz, 56% a mais que no ano anterior, quando ainda vigoravam restrições de viagens no mundo devido à pandemia de covid-19.

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