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Esforços para conter malária salvaram 3,3 milhões desde 2000

Segundo OMS, ampliação das medidas de prevenção e controle ajudou a produzir declínios no número de mortes e doentes


	Malária: dos 3,3 milhões de vidas salvas, a maioria se encontra nos dez países com maior incidência de malária
 (Getty Images)

Malária: dos 3,3 milhões de vidas salvas, a maioria se encontra nos dez países com maior incidência de malária (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 20h27.

Os esforços globais para conter a malária salvaram a vida de 3,3 milhões de pessoas desde 2000, reduzindo em 45 por cento as taxas mundiais de mortalidade da doença transmitida por mosquito e pela metade em crianças menores de 5 anos, informou a Organização Mundial da Saúde nesta quarta-feira.

No Relatório Mundial da Malária 2013, a OMS informou que a ampliação das medidas de prevenção e controle ajudou a produzir declínios no número de mortes e doentes. Dos 3,3 milhões de vidas salvas, a maioria se encontra nos dez países com maior incidência de malária e no grupo de crianças menores de 5 anos de idade, o mais afetado pela doença.

"Os investimentos no controle da malária, principalmente desde 2007, valeram tremendamente a pena", disse o enviado especial do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para a malária, Ray Chambers.

De acordo com o relatório da OMS, as mortes de crianças caíram para menos de 500 mil em 2012.

No geral, houve um número estimado de 207 milhões de casos de malária em 2012, que causaram cerca de 627.000 mortes, de acordo com o relatório, que inclui informações de 102 países nos quais há transmissão da malária.

O total estimado de casos de malária por 1.000 indivíduos em situação de risco - número que leva em conta o crescimento da população - mostra uma queda de 29 por cento em nível mundial entre 2000 e 2012, e um decréscimo de 31 por cento na África.

No mesmo período, as taxas de mortalidade por 1.000 indivíduos em risco caíram em 45 por cento em nível mundial e 51 por cento entre crianças com menos de 5 anos de idade.

"Este progresso notável não é motivo para relaxar: os números absolutos de casos de malária e as mortes não estão caindo tão rápido quanto deveriam", disse a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, no comunicado que acompanha a divulgação do relatório.

"O fato de que tantas pessoas estejam infectadas e morram de picadas de mosquito é uma das maiores tragédias do século 21", disse ela.

A malária é endêmica em mais de 100 países em todo o mundo, mas pode ser prevenida com o uso de mosquiteiros e dedetização dentro de casa para manter longe os mosquitos transmissores.

A doença parasitária transmitida por mosquitos mata centenas de milhares de pessoas por ano, principalmente bebês nas partes mais pobres da África subsaariana.

Estima-se que 3,4 bilhões de pessoas continuam sob risco de contrair malária, principalmente no Sudeste Asiático e na África, onde ocorrem cerca de 80 por cento dos casos da doença.

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