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Equador cria corredor humanitário até o Peru para venezuelanos

Centenas de venezuelanos começaram a sair da cidade equatoriana de Tulcán rumo ao Peru, em ônibus fretados pelo governo equatoriano

Venezuela: até agora saíram 23 ônibus, com mais de 900 pessoas (Mariana Bazo/Reuters)

Venezuela: até agora saíram 23 ônibus, com mais de 900 pessoas (Mariana Bazo/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de agosto de 2018 às 16h06.

Quito - O governo do Equador confirmou nesta sexta-feira a existência de um corredor humanitário entre a fronteira com a Colômbia, no norte, e a do Peru, no sul, para que centenas de venezuelanos possam chegar a esse país de forma segura.

A existência do corredor de assistência ao longo de todo o território equatoriano foi confirmada à Agência Efe por Carlos Basantes, subsecretário de Gestão de Riscos, durante uma visita a Tulcán, depois que desde ontem à noite uma caravana de ônibus iniciou o transporte de emigrantes a partir desta cidade.

Centenas de venezuelanos iniciaram na madrugada passada, saindo de vários pontos da cidade equatoriana de Tulcán, a longa viagem rumo ao Peru nos ônibus fretados pelo governo equatoriano, antes que entre em vigor, na meia-noite de hoje, o requisito de passaporte para entrar no país vizinho.

"Este corredor humanitário foi estabelecido para este final de semana. Vamos ficar até que se complete o corredor humanitário com os 36 ônibus que foram disponibilizados, nós vamos estar aqui até que esses ônibus sejam desocupados", garantiu Basantes.

Os primeiros veículos partiram na última meia-noite e até agora saíram 23 deles, com mais de 900 pessoas, em um processo lento, mas destinado a evacuar os emigrantes.

"A população que cobrimos neste corredor é população que já selou todo seu registro migratório e está toda regulada", acrescentou o subsecretário.

Essa via terrestre não tinha sido confirmada até agora como um "corredor humanitário" por nenhuma fonte oficial, mas a Efe confirmou hoje que se trata da mesma iniciativa.

O corredor faz parte de uma iniciativa da Secretaria de Gestão de Riscos, que apresentou ao Ministério de Relações Exteriores um plano para os cidadãos venezuelanos que inclui transporte e mesas de ajuda ao longo de todo o território equatoriano.

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