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Emirados Árabes anunciam plano econômico e novas regras para estrangeiros

Serão investidos US$ 13,6 bilhões no próximo ano nas monarquias que integram o país para impulsionar o desenvolvimento da região

Vista do horizonte de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (Christopher Pike/Bloomberg)

Vista do horizonte de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (Christopher Pike/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de setembro de 2021 às 11h29.

O ministro da Economia dos Emirados Árabes Unidos (EAU), Abdulla bin Touq, anunciou neste domingo que serão investidos US$ 13,6 bilhões no próximo ano nas monarquias que integram o país, como parte de um grande plano para impulsionar o desenvolvimento em 10% nos próximos anos, atrair talentos e capital. A iniciativa inclui também investimentos da ordem de US$ 150 bilhões até 2030 e flexibilização de leis de residência para expatriados.

"Estamos confiantes de que esses projetos de apoio ao investimento farão dos Emirados Árabes Unidos uma das economias mais competentes do mundo", declarou bin Touq na primeira grande coletiva de imprensa presencial do governo desde o início da pandemia. Os ministros também disseram que pretendem dobrar a economia dos Emirados Árabes Unidos na próxima década por meio de grandes acordos comerciais com países como Israel, Turquia, Reino Unido e Índia. Os sete Emirados que integram a confederação dos Emirados Árabes Unidos são Abu Dhabi, Dubai, Xarja, Ajmã, Umm al-Quwain, Ras al-Khaimah e Fujeira.

O anúncio marca o 50º aniversário dos EAU, que buscam acelerar reformas econômicas e sociais para um futuro pós pandemia. "Estamos construindo uma nova economia de 50 anos", disse bin Touq na coletiva. "Qualquer um que esteja tentando ser mais conservador e fechar seus mercados, (obterá) valor apenas no curto prazo. No longo prazo, estará prejudicando suas economias" afirmou o ministro da Economia.

O plano de atrair estrangeiros contrasta com a política adotada por outras economias ricas em petróleo do Golfo Pérsico, cada vez mais protecionistas. Embora muitas das reformas prometidas pelos ministros dos EAU tenham permanecido vagas durante a coletiva, ficou clara a intenção de aumentar gastos diante dos prejuízos trazidos pela pandemia e de afrouxar leis para atrair mais residentes ao país - que recebe trabalhadores da África e Oriente Médio, entre outras regiões.

"Queremos reconstruir todo o sistema, para que o sistema de residência atraia pessoas e faça com que sintam que os Emirados Árabes Unidos são seu lar. Abertura é algo de que temos orgulho" disse bin Touq.

Desde sua independência, em 1971, os Emirados Árabes Unidos vincularam os empregos ao status de residência, o que forçava trabalhadores a deixarem o país imediatamente após perderem seus empregos. O novo plano dá a residentes mais três meses para procurar outro emprego após demissão, permite que pais patrocinem os vistos dos filhos até os 25 anos e flexibiliza vistos para autônomos, viúvas e divorciados, entre outros pontos.

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