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Emergentes cobram acordos anteriores à Rodada Doha

Grupo formado por Brasil, China, Índia e África do Sul se reuniu durante o Fórum Econômico Mundial e exigiu diminuição das tarifas adotadas pelos países ricos

O chanceler Antonio Patriota se reuniu com representantes de China, Índia e África do Sul em Davos (Telam/ABr)

O chanceler Antonio Patriota se reuniu com representantes de China, Índia e África do Sul em Davos (Telam/ABr)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2011 às 16h22.

Brasília – Na expectativa de retomar as negociações da Rodada Doha, Brasil, China, Índia e África do Sul cobraram hoje (28) o cumprimento de acordos anteriores por parte da União Europeia e dos Estados Unidos, entre outras nações, que impõem obstáculos às exportações destas regiões.

Os quatro países se negam a negociar propostas que possam prejudicá-los e exigem que as nações ricas revejam a adoção das tarifas elevadas sobre os produtos das regiões em desenvolvimento.

O assunto foi tema de uma reunião hoje do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota com seus homônimos da China, Chen Deming; Índia, Anand Sharma, e da África do Sul, Rob Davies. Eles conversaram durante as negociações comerciais no Fórum Mundial Econômico de Davos na Suiça.

Em nota, o Itamaraty resumiu hoje a iniciativa destes países. “Os ministros se valeram da oportunidade para trocar impressões sobre o atual esforço para concluir a Rodada Doha. [Os ministros] ressaltaram a mensagem política emitida por seus líderes durante a Cúpula do G20 [grupo dos países mais ricos do mundo], em Seul, e reiteraram seu compromisso com as negociações”.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os ministros dos quatro países ressaltaram que estão dispostos a buscar uma solução para os impasses e encerrar as divergências, desde que os acordos não sejam prejudiciais para os países em desenvolvimento.

Há uma série de disputa comerciais em discussão. Uma delas envolve os Estados Unidos e a Índia e trata da elevação de tarifas de importação para produtos agrícolas. Também existem reclamações específicas do grupo - China, Índia e Brasil – para obter um acesso maior a seus produtos agrícolas na Europa e nos Estados Unidos, que cobram mais abertura para os bens industriais e de serviços no resto do mundo.

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