Obama recebe Netanyahu para discutir acordo com palestinos
Presidente americano quer convencer o israelense a avançar nos esforços de paz no Oriente Médio
Da Redação
Publicado em 3 de março de 2014 às 17h18.
Washington - Mesmo num momento em que está lidando com a crise ucraniana, o presidente dos Estados Unidos , Barack Obama, se voltou nesta segunda-feira para conversações na Casa Branca com o primeiro-ministro de Israel , Benjamin Netanyahu, procurando impeli-lo a avançar nos esforços de paz no Oriente Médio e também tranquiliza-lo quanto à diplomacia com o Irã.
Faltando pouco tempo para a definição de um esboço para um acordo palestino-israelense, de modo a salvar o processo de paz mediado pelos EUA, Obama e Netanyahu evitaram fazer comentários públicos antes do encontro, que ocorre em um momento crítico na agenda de política externa do segundo mandato do presidente norte-americano.
Netanyahu chegou a Washington e ouviu de Obama uma advertência velada, mas dura, de que será difícil proteger Israel contra iniciativas para isolá-lo internacionalmente se os esforços de paz fracassarem.
Num indício de que as observações de Obama poderiam cair em ouvidos surdos, Netanyahu, em um comunicado emitido por seu gabinete, atribuiu aos palestinos o ônus do avanço das perspectivas de paz e prometeu se manter firme em sua posição durante a visita a Washington.
"Nós temos de nos manter firmes sobre nossos interesses cruciais. Já provei que estou fazendo isso, contra toda a pressão e incerteza, e continuarei a fazer isso aqui também", disse o líder direitista israelense.
Algumas horas depois, Netanyahu se encaminhou à capital dos EUA, toda encoberta de neve, para seu primeiro encontro cara-a-cara com Obama desde setembro.
A expectativa era que as diferenças entre Obama e Netanyahu ficassem ainda mais pronunciadas na reunião no Salão Oval no que se refere à estratégia dos EUA nas conversações com o Irã sobre a questão nuclear. Obama está procurando abrir caminho à diplomacia, enquanto Netanyahu diz que as sanções impostas ao Irã estão sendo aliviadas prematuramente.
Ao mesmo tempo, o secretário de Estado, John Kerry, vem tentado persuadir Netanyahu e o presidente palestino, Mahmud Abbas, a concordarem com um formato de acordo que possa permitir que as problemáticas negociações de paz em troca de terra continuem depois de abril, mês em que se pretendia firmar um acordo final. Abbas deverá ir à Casa Branca em 17 de março.
"Quando eu tive uma conversa com Bibi, esta foi a essência da minha conversa: se não for agora, quando? E se não for você, senhor primeiro-ministro, então, quem? Como isto será resolvido?" disse Obama, referindo-se a Netanyahu pelo apelido.
O alerta de Obama sobre um potencial "abandono internacional" de Israel se os esforços de paz forem rompidos e a construção de assentamentos judaicos nos territórios ocupados prosseguir, provocou polêmica em Israel, onde ele é acusado de tentar fazer pressão por concessões. Os israelenses estão cada vez mais temerosos de um movimento de boicote contra Israel.
Washington - Mesmo num momento em que está lidando com a crise ucraniana, o presidente dos Estados Unidos , Barack Obama, se voltou nesta segunda-feira para conversações na Casa Branca com o primeiro-ministro de Israel , Benjamin Netanyahu, procurando impeli-lo a avançar nos esforços de paz no Oriente Médio e também tranquiliza-lo quanto à diplomacia com o Irã.
Faltando pouco tempo para a definição de um esboço para um acordo palestino-israelense, de modo a salvar o processo de paz mediado pelos EUA, Obama e Netanyahu evitaram fazer comentários públicos antes do encontro, que ocorre em um momento crítico na agenda de política externa do segundo mandato do presidente norte-americano.
Netanyahu chegou a Washington e ouviu de Obama uma advertência velada, mas dura, de que será difícil proteger Israel contra iniciativas para isolá-lo internacionalmente se os esforços de paz fracassarem.
Num indício de que as observações de Obama poderiam cair em ouvidos surdos, Netanyahu, em um comunicado emitido por seu gabinete, atribuiu aos palestinos o ônus do avanço das perspectivas de paz e prometeu se manter firme em sua posição durante a visita a Washington.
"Nós temos de nos manter firmes sobre nossos interesses cruciais. Já provei que estou fazendo isso, contra toda a pressão e incerteza, e continuarei a fazer isso aqui também", disse o líder direitista israelense.
Algumas horas depois, Netanyahu se encaminhou à capital dos EUA, toda encoberta de neve, para seu primeiro encontro cara-a-cara com Obama desde setembro.
A expectativa era que as diferenças entre Obama e Netanyahu ficassem ainda mais pronunciadas na reunião no Salão Oval no que se refere à estratégia dos EUA nas conversações com o Irã sobre a questão nuclear. Obama está procurando abrir caminho à diplomacia, enquanto Netanyahu diz que as sanções impostas ao Irã estão sendo aliviadas prematuramente.
Ao mesmo tempo, o secretário de Estado, John Kerry, vem tentado persuadir Netanyahu e o presidente palestino, Mahmud Abbas, a concordarem com um formato de acordo que possa permitir que as problemáticas negociações de paz em troca de terra continuem depois de abril, mês em que se pretendia firmar um acordo final. Abbas deverá ir à Casa Branca em 17 de março.
"Quando eu tive uma conversa com Bibi, esta foi a essência da minha conversa: se não for agora, quando? E se não for você, senhor primeiro-ministro, então, quem? Como isto será resolvido?" disse Obama, referindo-se a Netanyahu pelo apelido.
O alerta de Obama sobre um potencial "abandono internacional" de Israel se os esforços de paz forem rompidos e a construção de assentamentos judaicos nos territórios ocupados prosseguir, provocou polêmica em Israel, onde ele é acusado de tentar fazer pressão por concessões. Os israelenses estão cada vez mais temerosos de um movimento de boicote contra Israel.