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Em clima de tensão, Moçambique inicia registro de eleitores

O processo começou de forma caótica. Muitos postos de cadastramento abriram atrasados ou nem funcionaram por motivos técnicos

Moçambique é um dos países mais pobres do mundo, mas passa por uma fase de forte prosperidade, graças a investimentos estrangeiros (Getty Images/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2013 às 23h40.

Maputo - Começou nesta semana o cadastramento de eleitores para a eleição presidencial deste ano em Moçambique, onde há grande tensão entre seguidores do partido governista Frelimo e partidários do grupo oposicionista Renamo.

O processo começou de forma caótica. Muitos postos de cadastramento abriram atrasados ou nem funcionaram por motivos técnicos, causando irritação entre os moçambicanos que formaram longas filas em cidades e aldeias da ex-colônia portuguesa no sudeste da África.

A Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique ), que governa o país desde a independência, em 1975, é favorita para mais um mandato presidencial, depois de conseguir 75 % dos votos no pleito anterior, em 2009.

A Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), que travou uma guerra civil de 16 anos contra a ex-comunista Frelimo, até 1992, diz que o atual cadastramento é ilegítimo e que o partido do governo domina de forma desproporcional o Comitê Eleitoral Nacional.

"A maquinação eleitoral inteira começa com esse registro. Esse comitê é unilateral, dominado por membros do partido Frelimo e, portanto, não é válido", disse o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga.

Estima-se que a Renamo mantenha cerca de mil ex-guerrilheiros à sua disposição, e o partido ameaça perturbar o cadastramento eleitoral, embora até agora não tenham sido registrados incidentes.

A Frelimo diz que seus rivais agem assim por despreparo.

"É difícil entender como um partido como a Renamo, que sempre se disse democrático, está agora contra as eleições", disse o porta-voz partidário Daniel José.

"A Renamo reconhece que não está pronta para as eleições. Mas o povo moçambicano não ficará refém da desorganização deles."

Moçambique é um dos países mais pobres do mundo, mas passa por uma fase de forte prosperidade, graças a investimentos estrangeiros para a exploração de carvão em minas do interior e de gás natural em alto mar.

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Maputo - Começou nesta semana o cadastramento de eleitores para a eleição presidencial deste ano em Moçambique, onde há grande tensão entre seguidores do partido governista Frelimo e partidários do grupo oposicionista Renamo.

O processo começou de forma caótica. Muitos postos de cadastramento abriram atrasados ou nem funcionaram por motivos técnicos, causando irritação entre os moçambicanos que formaram longas filas em cidades e aldeias da ex-colônia portuguesa no sudeste da África.

A Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique ), que governa o país desde a independência, em 1975, é favorita para mais um mandato presidencial, depois de conseguir 75 % dos votos no pleito anterior, em 2009.

A Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), que travou uma guerra civil de 16 anos contra a ex-comunista Frelimo, até 1992, diz que o atual cadastramento é ilegítimo e que o partido do governo domina de forma desproporcional o Comitê Eleitoral Nacional.

"A maquinação eleitoral inteira começa com esse registro. Esse comitê é unilateral, dominado por membros do partido Frelimo e, portanto, não é válido", disse o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga.

Estima-se que a Renamo mantenha cerca de mil ex-guerrilheiros à sua disposição, e o partido ameaça perturbar o cadastramento eleitoral, embora até agora não tenham sido registrados incidentes.

A Frelimo diz que seus rivais agem assim por despreparo.

"É difícil entender como um partido como a Renamo, que sempre se disse democrático, está agora contra as eleições", disse o porta-voz partidário Daniel José.

"A Renamo reconhece que não está pronta para as eleições. Mas o povo moçambicano não ficará refém da desorganização deles."

Moçambique é um dos países mais pobres do mundo, mas passa por uma fase de forte prosperidade, graças a investimentos estrangeiros para a exploração de carvão em minas do interior e de gás natural em alto mar.

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