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Em aniversário de guerra, Hamas faz desfile militar em Gaza

Movimento buscou projetar uma imagem de força, organizando um de seus maiores desfiles militares para marcar o primeiro aniversário de um conflito contra Israel

Militantes palestinos do Hamas durante desfile militar marcando o primeiro aniversário de um conflito de oito dias contra Israel, em Gaza (Mohammed Salem/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2013 às 20h03.

Gaza - O movimento islâmico Hamas buscou nesta quinta-feira projetar uma imagem de força em Gaza, organizando um de seus maiores desfiles militares para marcar o primeiro aniversário de um conflito de oito dias contra Israel .

O Hamas saiu da conflagração se sentindo mais confiante, mas a sorte do grupo islâmico que governa a Faixa de Gaza desde 2007 pareceu declinar depois que seu principal aliado, o presidente islâmico do Egito, Mohamed Mursi, foi deposto por militares em 3 de julho.

Desde então, o Exército egípcio já destruiu centenas de túneis usados por contrabandistas na fronteira com Gaza, o que provocou uma drástica escassez de combustível para 1,8 milhão de palestinos desse território litorâneo.

Buscando demonstrar que continua no controle, milhares de bem equipados combatentes das Brigadas Qassam, o braço militar do Hamas, desfilaram pela Faixa de Gaza, mostrando o míssil M75, de fabricação local, e lançadores para múltiplos foguetes.

"Eis os homens da Qassam. Quem poderá derrotá-los? Hoje eles estão em Gaza, e amanhã alcançarão toda a Palestina ", disse Mahmoud al-Zahar, alto funcionário do Hamas, referindo-se à Cisjordânia e também ao território de Israel.

Horas antes, militantes palestinos dispararam morteiros contra o sul de Israel, sem causar danos. A Força Aérea israelense reagiu bombardeando o que disse serem dois lançadores de foguetes. Não houve relatos de feridos.

A frente Israel-Gaza está relativamente tranquila desde que o Egito mediou um cessar-fogo para encerrar o conflito de novembro de 2012, que resultou na morte de 170 palestinos, inclusive o chefe militar do Hamas, e de seis israelenses.

Também nesta quinta-feira, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que nos últimos 12 meses houve uma redução de 98 por cento nos disparos de foguetes a partir de Gaza, mas advertiu que Israel manterá "uma forte dissuasão".

"Sabemos que o Hamas e outras organizações terroristas estão continuando a se armar de várias maneiras", afirmou ele durante visita a soldados israelenses da Divisão Gaza.

Falando em um comício na Cidade de Gaza, Raed Saa'ed, comandante militar do Hamas, disse que o grupo está preparando um novo confronto contra Israel. "Cada dia que passa nos deixa mais próximos da libertação de Jerusalém", afirmou.

Num sinal dos problemas que afligem Gaza, que permanece sob rígido bloqueio econômico israelense, uma das principais usinas de tratamento de água do território ficou sem combustível nesta quinta-feira, fazendo com que o esgoto vazasse nas ruas da cidade.

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Gaza - O movimento islâmico Hamas buscou nesta quinta-feira projetar uma imagem de força em Gaza, organizando um de seus maiores desfiles militares para marcar o primeiro aniversário de um conflito de oito dias contra Israel .

O Hamas saiu da conflagração se sentindo mais confiante, mas a sorte do grupo islâmico que governa a Faixa de Gaza desde 2007 pareceu declinar depois que seu principal aliado, o presidente islâmico do Egito, Mohamed Mursi, foi deposto por militares em 3 de julho.

Desde então, o Exército egípcio já destruiu centenas de túneis usados por contrabandistas na fronteira com Gaza, o que provocou uma drástica escassez de combustível para 1,8 milhão de palestinos desse território litorâneo.

Buscando demonstrar que continua no controle, milhares de bem equipados combatentes das Brigadas Qassam, o braço militar do Hamas, desfilaram pela Faixa de Gaza, mostrando o míssil M75, de fabricação local, e lançadores para múltiplos foguetes.

"Eis os homens da Qassam. Quem poderá derrotá-los? Hoje eles estão em Gaza, e amanhã alcançarão toda a Palestina ", disse Mahmoud al-Zahar, alto funcionário do Hamas, referindo-se à Cisjordânia e também ao território de Israel.

Horas antes, militantes palestinos dispararam morteiros contra o sul de Israel, sem causar danos. A Força Aérea israelense reagiu bombardeando o que disse serem dois lançadores de foguetes. Não houve relatos de feridos.

A frente Israel-Gaza está relativamente tranquila desde que o Egito mediou um cessar-fogo para encerrar o conflito de novembro de 2012, que resultou na morte de 170 palestinos, inclusive o chefe militar do Hamas, e de seis israelenses.

Também nesta quinta-feira, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que nos últimos 12 meses houve uma redução de 98 por cento nos disparos de foguetes a partir de Gaza, mas advertiu que Israel manterá "uma forte dissuasão".

"Sabemos que o Hamas e outras organizações terroristas estão continuando a se armar de várias maneiras", afirmou ele durante visita a soldados israelenses da Divisão Gaza.

Falando em um comício na Cidade de Gaza, Raed Saa'ed, comandante militar do Hamas, disse que o grupo está preparando um novo confronto contra Israel. "Cada dia que passa nos deixa mais próximos da libertação de Jerusalém", afirmou.

Num sinal dos problemas que afligem Gaza, que permanece sob rígido bloqueio econômico israelense, uma das principais usinas de tratamento de água do território ficou sem combustível nesta quinta-feira, fazendo com que o esgoto vazasse nas ruas da cidade.

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