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Eleições se anunciam longas e dominadas pela rejeição à UE

Holanda e Reino Unido vão abrir amanhã as eleições europeias, sob a ameaça do aumento dos partidos eurocéticos em vários países estratégicos

Sede do Parlamento Europeu: cerca de 400 milhões de eleitores estão aptos a votar (Frederick Florin/AFP)
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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2014 às 13h57.

Bruxelas - Holanda e Reino Unido vão abrir nesta quinta-feira as eleições europeias, cujo resultado é incerto, sob a ameaça do aumento dos partidos eurocéticos em vários países estratégicos e as dúvidas quanto a nomeação do próximo presidente da Comissão.

Cerca de 400 milhões de eleitores estão aptos a votar nos 28 países da União Europeia para designar 751 deputados por cinco anos. Os resultados dependem em grande parte da taxa de participação. Em 2009, a Comissão Europeia conseguiu mobilizar 43% dos eleitores e um novo recorde de abstenção poderia ser alcançado este ano.

A crise econômica e financeira afetou o crescimento, fez o desemprego explodir e arruinou a imagem das instituições europeias.

"A culpa é de Bruxelas", tem sido o argumento utilizado pelos partidos anti-europeus, que ocupam uma posição forte na França, Reino Unido, Holanda e Itália.

Na quinta-feira os holandeses serão os primeiros a votar, seguidos pelos britânicos. Os italianos fecharão a eleição domingo à noite às 23h00 (18h00 no horário de Brasília).

As projeções iniciais sobre a composição do novo Parlamento estão previstas para domingo às 18h00 e os primeiros resultados logo após o fechamento das urnas na Itália.

As projeções realizadas pelo site PollWatch, que compila as pesquisas organizadas nos 28 países da UE, apontam para o grupo do Partido Popular Europeu (direita conservadora e de centro-direita) com uma pequena vantagem, com 217 eleitos (58 a menos do que em 2009), contra 201 para os socialistas (7).

Os eurocéticos confirmam seu avanço, com um total de quase 100 cadeiras, três vezes mais do que no atual Parlamento.


Eurocéticos heterogêneos

Mas o movimento é muito heterogêneo. Inclui formações como a britânica Ukip de Nigel Farrage, líder do grupo EFD no atual Parlamento, e uma soma de partidos de extrema direita, como a FN e o PVV holandês, além de formações ultra-nacionalistas, como o húngaro Jobbik e até mesmo o neonazista grego Aurora Dourada.

A esquerda radical, sexta força no Parlamento atual, deverá progredir significativamente. Pode chegar a 53 cadeiras, o que o tornaria o quarto maior grupo, logo atrás dos liberais (59), mas à frente dos Verdes (44), dos conservadores britânicos e poloneses (42), todos em declínio.

Os Verdes podem ser os grandes perdedores nesta recomposição. Eles devem perder representantes e podem, com 35 cadeiras, virar o menor grupo no novo Parlamento.

A primeira tarefa do novo Parlamento será eleger o próximo presidente da Comissão Europeia. Os cinco principais grupos já designaram seus candidatos. Jean-Claude Juncker, dos conservadores, e o alemão Martin Schulz, dos socialistas, são os favoritos.

Mas o escolhido deverá ser capaz de reunir, no mínimo, 376 votos em seu nome, o que só será possível com uma aliança entre os dois maiores partidos da direita e da esquerda moderadas, com o possível reforço dos liberais.

Na ausência de uma clara maioria, os chefes de Estado e de Governo, que têm mantido a prerrogativa de nomear o presidente do Executivo de Bruxelas, poderiam nomear uma personalidade externa. Os deputados terão o poder de rejeitar, em meados de julho, em Estrasburgo, o que, no entanto, provocaria uma crise institucional.

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Cerca de 400 milhões de eleitores estão aptos a votar nos 28 países da União Europeia para designar 751 deputados por cinco anos. Os resultados dependem em grande parte da taxa de participação. Em 2009, a Comissão Europeia conseguiu mobilizar 43% dos eleitores e um novo recorde de abstenção poderia ser alcançado este ano.

A crise econômica e financeira afetou o crescimento, fez o desemprego explodir e arruinou a imagem das instituições europeias.

"A culpa é de Bruxelas", tem sido o argumento utilizado pelos partidos anti-europeus, que ocupam uma posição forte na França, Reino Unido, Holanda e Itália.

Na quinta-feira os holandeses serão os primeiros a votar, seguidos pelos britânicos. Os italianos fecharão a eleição domingo à noite às 23h00 (18h00 no horário de Brasília).

As projeções iniciais sobre a composição do novo Parlamento estão previstas para domingo às 18h00 e os primeiros resultados logo após o fechamento das urnas na Itália.

As projeções realizadas pelo site PollWatch, que compila as pesquisas organizadas nos 28 países da UE, apontam para o grupo do Partido Popular Europeu (direita conservadora e de centro-direita) com uma pequena vantagem, com 217 eleitos (58 a menos do que em 2009), contra 201 para os socialistas (7).

Os eurocéticos confirmam seu avanço, com um total de quase 100 cadeiras, três vezes mais do que no atual Parlamento.


Eurocéticos heterogêneos

Mas o movimento é muito heterogêneo. Inclui formações como a britânica Ukip de Nigel Farrage, líder do grupo EFD no atual Parlamento, e uma soma de partidos de extrema direita, como a FN e o PVV holandês, além de formações ultra-nacionalistas, como o húngaro Jobbik e até mesmo o neonazista grego Aurora Dourada.

A esquerda radical, sexta força no Parlamento atual, deverá progredir significativamente. Pode chegar a 53 cadeiras, o que o tornaria o quarto maior grupo, logo atrás dos liberais (59), mas à frente dos Verdes (44), dos conservadores britânicos e poloneses (42), todos em declínio.

Os Verdes podem ser os grandes perdedores nesta recomposição. Eles devem perder representantes e podem, com 35 cadeiras, virar o menor grupo no novo Parlamento.

A primeira tarefa do novo Parlamento será eleger o próximo presidente da Comissão Europeia. Os cinco principais grupos já designaram seus candidatos. Jean-Claude Juncker, dos conservadores, e o alemão Martin Schulz, dos socialistas, são os favoritos.

Mas o escolhido deverá ser capaz de reunir, no mínimo, 376 votos em seu nome, o que só será possível com uma aliança entre os dois maiores partidos da direita e da esquerda moderadas, com o possível reforço dos liberais.

Na ausência de uma clara maioria, os chefes de Estado e de Governo, que têm mantido a prerrogativa de nomear o presidente do Executivo de Bruxelas, poderiam nomear uma personalidade externa. Os deputados terão o poder de rejeitar, em meados de julho, em Estrasburgo, o que, no entanto, provocaria uma crise institucional.

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