Eleições nos EUA: Trump e Biden estão tecnicamente empatados, aponta pesquisa AtlasIntel
Trump aparece com 43,9% das intenções de voto e o atual mandatário Joe Biden tem 42,3%
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 9 de fevereiro de 2024 às 18h37.
Última atualização em 28 de março de 2024 às 16h41.
A menos de dez meses para a eleição nos Estados Unidos, o ex-presidente Donald Trump tem 43,9% das intenções de voto e o atual mandatário Joe Biden , 42,3%, de acordo com a pesquisa AtlasIntel sobre a corrida eleitoral americana divulgada nesta sexta-feira. Pela margem de erro da pesquisa, que é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, há empate técnico entre os candidatos.
Robert F. Kennedy Jr., que deve disputar o pleito de forma independente, aparece com 5,2%. Os entrevistados que planejam votar branco, nulo ou não ir votar são 3,8%, enquanto os que não sabem em quem votar são 4,7%.
- Donald Trump: 43,9%
- Joe Biden: 42,3%
- Robert F. Kennedy Jr: 5,2%
O levantamento mostra que Trump tem a preferência entre os jovens americanos. No recorte entre 18 e 29 anos, o republicano tem 49,6% da preferência, enquanto Biden aparece com 35,9%. O democrata fica na frente de Trump entre a população de 30 a 44 anos, com 41,6% ante 36,4% do ex-presidente. Ao observar a preferência da população acima de 45 anos, os candidatos aparecem empatados dentro da margem de erro.
A pesquisa mostra que a maior vantagem de Biden é entre a população negra. O atual presidente aparece com 61,1%, enquanto Trump tem 36,5%. Hispânicos e asiáticos também preferem o candidato democrata.
Com a possível reedição da disputa de 2020, a pesquisa verificou que a maioria das pessoas pretende manter o seu voto da última eleição, porém, Biden perderia um percentual maior que Trump.
Enquanto apenas 3,6% dos entrevistados que votaram no republicano em 2020 pretendem votar no democrata neste ano, cerca de 8,5% de antigos eleitores de Biden apontam que vão votar em Trump. O atual presidente também perde 7,3% dos eleitores para Robert F. Kennedy Jr.
Entre os entrevistados que não lembram ou não votaram em 2020, a maioria prefere Biden, com 27,3%, em relação a Trump, 24,9%.
Biden e Trump ainda disputam as primárias partidárias para serem confirmados como candidatos. O atual e ex-presidente são francos favoritos para reeditar a disputa eleitoral de 2020, quando Biden saiu vencedor.
Michelle Obama venceria Trump, aponta pesquisa
Em um dos cenários estimulados, a pesquisa coloca Michelle Obama como a candidata democrata. A ex-primeira-dama dos Estados Unidos aparece à frente com 41,6%, enquanto Trump tem 39%. Robert F. Kennedy Jr. tem 5,1% das intenções de voto. Nesse cenário, a parcela de eleitores indecisos chega a 10,3%.
Na simulação entre Biden e Nikki Haley, que disputa as primárias contra Trump, o atual presidente tem 41%. A candidata republicana aparece com apenas 23%. Os entrevistados que planejam votar branco, nulo ou não ir votar chegariam a 13,9% nesse cenário, a frente de Robert F. Kennedy Jr. com 11,4%.
Maioria da população desaprova o desempenho de Biden
Além de simular cenários da corrida eleitoral, a pesquisa AtlasIntel também perguntou para os entrevistados a percepção sobre o governo Biden.
Quando perguntados se aprovam ou desaprovam a atuação de Biden como presidente dos Estados Unidos, 54% dizem que desaprovam, 43,5% aprovam e 2,5% desaprovam.
Na avaliação do desempenho do atual presidente, 50,5% consideram ruim ou terrível, 32,6% avaliam como bom e excelente e 16,7% dizem que é regular. Apenas 0,2% não souberam responder.
Entre os principais pontos qualificados pelos eleitores como negativos para Biden estão a forma que ele lida com a defesa da democracia, a competição com a China, o combate a corrupção, a dívida nacional, as questões imigratórias e a guerra entre Israel e Hamas.
As melhores avaliações do democrata estão ligadas ao crescimento de empregos, a guerra entre Rússia e Ucrânia e a proteção do meio ambiente.
Para a pesquisa, foram ouvidas 1.637 pessoas entre os dias 2 e 7 de dezembro, usando a recrutamento digital aleatório (Atlas RDR). A margem de erro é de 2 pontos percentuais para um nível de confiança de 95%.