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Eleições na Tailândia ameaçadas, governo se nega a adiá-las

Tailândia viveu um dia de violência crescente, com um policial morto a tiros e dezenas de feridos nas manifestações de opositores

Manifestantes antigovernistas socorrem um companheiro: Comissão Eleitoral diz que as eleições provocarão violência (Pornchai Kittiwongsakul/AFP)

Manifestantes antigovernistas socorrem um companheiro: Comissão Eleitoral diz que as eleições provocarão violência (Pornchai Kittiwongsakul/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2013 às 12h11.

Bangcoc - A Tailândia viveu nesta quinta-feira um dia de violência crescente, com um policial morto a tiros e dezenas de feridos nas manifestações de opositores dispostos a impedir a realização de eleições legislativas, que o governo se negou a adiar.

O Executivo tailandês rejeitou ainda nesta quinta a ideia de adiar as legislativas previstas para 4 de fevereiro, como tinha sugerido a Comissão Eleitoral, devido às violentas manifestações no país.

"A Comissão Eleitoral diz que as eleições provocarão violência. O governo pensa, ao contrário, que é o adiamento do pleito que trará violência", declarou o vice-premier Phongthep Thepkanjana.

O policial morto pouco antes "foi atingido no tórax", declarou à AFP Jongjet Aoajenpong, diretor do hospital. Outras pessoas ficaram feridas por estes disparos de origem desconhecida.

Os tiros aconteceram quando manifestantes tentaram entrar à força no estádio de Bangcoc onde desde segunda-feira são apresentadas as candidaturas para as legislativas.

O estádio chegou a ser bloqueado pelos manifestantes, obrigando vários responsáveis da comissão a ser evacuados de helicóptero.

Também há vários policiais feridos, entre eles um que levou um tiro no braço.

No total, 66 pessoas foram hospitalizadas, entre elas um manifestante em estado grave, segundo o último balanço dos socorristas. "Aparentemente ficou ferido com um disparo" na cabeça, informou o ministério da Saúde.

Há semanas, os manifestantes pedem a demissão da primeira-ministra Yingluck Shinawatra, a quem acusam de ser uma marionete de seu irmão, Thaksin Shinawatra, ex-chefe de governo que vive no exílio desde um golpe de Estado contra ele em 2006.

Eles exigem que o governo seja substituído por um "conselho do povo" não eleito, durante 18 meses, antes de celebrar novas eleições.

Yingluck Shinawatra agora está em uma situação difícil, confrontada a uma mobilização crescente, e com manifestantes diárias que reuniram até 150.000 pessoas.

Para por fim à crise, Yingluck convocou eleições legislativas para fevereiro, mas a oposição anunciou que a boicotaria.

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