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Eleições na Argentina: por que candidatos do governo acham que Milei vai perder força neste domingo

País vota no primeiro turno das presidenciais e tem disputa apertada entre três candidatos

Javier Milei: candidato lidera pesquisas na Argentina (Bloomberg /Bloomberg)

Publicado em 22 de outubro de 2023 às 14h55.

Última atualização em 22 de outubro de 2023 às 16h38.

Neste domingo, 22, a Argentina vota no primeiro turno das eleições presidenciais . Ao ir depositar seu voto, políticos governistas disseram acreditar que o fenômeno Javier Milei deve perder força, por achar que a vitória dele nas primárias foi algo pontual.

No pleito de agosto, Javier Milei foi o mais votado, com 30,04% dos votos. A coligação de centro-direita Juntos por el Cambio teve 28.27%, e a aliança governista e de esquerda Unión por la Patria somou 27,27%, segundo dados da apuração oficial.

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"As pessoas estão tomando cada vez mais consciência do que se trata esta eleição. As Paso foram uma coisa, muita gente aproveitou para colocar para fora muita raiva contida, com razão. Mas agora creio que há consciência de que se vota para o próximo presidente", disse Daniel Scioli, embaixador da Argentina no Brasil, que foi vice-presidente no governo de Néstor Kirchner e perdeu as eleições presidenciais em 2015 para Mauricio Macri.

"Quando comparamos com as Paso, que foi uma eleição apática e fria, hoje temos um cenário completamente distinto. Chegamos a hoje em boas condições. Estamos convencidos de que vamos superar os números que tivemos nas Paso", disse Agustin Rossi, candidato à vice na chapa de Sergio Massa, ministro da Economia que disputa a Presidência.

Ao votar, Massa preferiu não comentar suas expectativas de ir ao segundo turno. "Falar de resultados nessa hora é um erro", disse.

Já na centro-direita, a expectativa pelo segundo turno é mais explícita. "As expectativas são altíssimas. Temos muita confiança no apoio que recebemos nos últimos dias. Vamos ao segundo turno? Com certeza. Estamos convencidos que vamos ganhar a eleição", afirmou Luis Petri, candidato à vice na chapa de Patricia Bullrich.

O ex-presidente da Argentina Mauricio Macri disse, ao deixar a cabine de votação no bairro portenho Palermo, que está confiante de que haverá segundo turno para as eleições presidenciais no país. "Sim, vemos um segundo turno", respondeu ao ser questionado por jornalistas.

"Faz três anos e meio que estamos sem governo na Argentina, expostos à pior inflação, falta de segurança e violência. Mas hoje é um dia de esperança. Esperamos nos iluminar e votar todos por esse futuro que merecemos", falou o ex-presidente.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, votou de  manhã na Universidade Católica Argentina, em Puerto Madero, em Buenos Aires. Ao deixar o local, ele afirmou que o dia de hoje é particularmente importante, e celebrou o quadragésimo ano de democracia no país. O atual presidente também convidou argentinos e argentinas a votarem e se expressarem.

O país vizinho ao Brasil vive um cenário de crise econômica profunda com uma inflação de quase 140%, pobreza acima de 40% e desvalorização da moeda. As primeiras parciais devem ser publicadas por volta das 22h.

Quem são os candidatos à presidência da Argentina

Ao todo, cinco candidatos disputam o pleito: o libertário Javier Milei, da coalizão Liberdade Avança; o peronista Sergio Massa, da União Pela Pátria; Patricia Bullrich, do Juntos pela Mudança; além de Juan Schiaretti, da Façamos pelo Nosso País; e Myriam Bregman, da Frente de Esquerda.

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